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Otimismo e leveza marcam primeira semana de "Vai na Fé"

Sheron Menezzes é Sol em Vai na Fé
Sheron Menezzes é Sol em Vai na Fé (Ellen Soares/Globo)

Nova aposta da Globo para o horário das sete, Vai na Fé causou a melhor das impressões em sua primeira semana. A trama assinada por Rosane Svartman e dirigida por Paulo Silvestrini resgatou a leveza e o bom humor característicos de algumas das melhores produções já exibidas na faixa.

Vai na Fé conta a história de Sol (Sheron Menezzes), uma mulher batalhadora que sustenta toda a família vendendo quentinhas. Sua vida muda quando, por acaso, ela é convidada para ser dançarina e backing vocal de Lui Lorenzo (José Loreto), um cantor decadente que está buscando recuperar o viço de sua carreira. No entanto, o convite cai como uma bomba dentro da família de Sol.

A mocinha é evangélica, assim como o marido Carlão (Che Moais), a mãe Marlene (Elisa Lucinda) e a filha Jenifer (Bella Campos). Assim, eles temem que a entrada de Sol no universo da música funk pode fazê-la se desviar do caminho de Deus. Até porque, como a primeira semana deixou claro, Sol já foi da “pá virada” na juventude, mas mudou de rumo ao se dedicar à religião. Isso justifica, sobretudo, o temor de Marlene, que não quer que a filha volte a ser uma jovem perdida.

O núcleo principal chama a atenção, sobretudo, por conta do plot simples, mas absolutamente reconhecível. Sol e sua família vivem dentro dos valores de sua igreja, e isso já diz muito sobre quem são e como encaram a vida. Assim, o conflito familiar é bastante crível, até identificável. Até aqui, a religião surge a serviço da trama, longe do tom panfletário ou caricato. Um acerto muito grande.

Além disso, Vai na Fé também toca em outros assuntos interessantes, como o núcleo da faculdade de Jenifer. A jovem é a primeira de sua família que tem a chance de ingressar numa instituição de ensino superior. Bolsista numa faculdade particular, Jenifer convive com jovens de condições financeiras distintas. Com isso, a novela consegue fazer um bom retrato sobre a importância da educação, mas de uma maneira leve, dentro de um contexto e longe do pedantismo ou dos discursos prontos.

Recheando a história, surgem personagens muito promissores, como o próprio Lui Lorenzo e sua mãe, Wilma (Renata Sorrah), uma “diva” deslumbrada muito divertida. O mocinho Ben (Samuel de Assis) e o vilão Theo (Emílio Dantas) também prometem bastante, assim como Lumiar (Carolina Dieckmann) e sua família.

Com Vai na Fé, Rosane Svartman reafirma sua boa mão na criação de mocinhas, dando vida a tipos que parecem de carne e osso. Assim como Eliza (Marina Ruy Barbosa), de Totalmente Demais, e Paloma (Grazi Massafera), de Bom Sucesso, Sol parece de verdade, tem conflitos identificáveis e ficam longe de ser aquela heroína boboca e ingênua, erro comum em boa parte das novelas.

Outra característica que aproxima Vai na Fé das outras obras da autora é o simpático tom otimista, que imprime um colorido especial ao enredo. Além disso, Rosane Svartman consegue inserir a arte e a cultura em suas tramas sem aborrecer. Em Totalmente Demais, havia o cinema; já em Bom Sucesso, a literatura estava presente; desta vez, a novela promete trazer a música, o teatro e até a televisão, por meio das frases de Wilma. 

Vai na Fé começou muito bem. Demonstra boas chances de cair nas graças do público.

André Santana

21/01/2023 

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1 Comentários

  1. Olá, tudo bem? Gostei bastante dos primeiros capítulos da novela Vai na Fé. Já comentei no meu blog. Abs, Fabio www.blogfabiotv.blogspot.com.br

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