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"Reis": Record peca pela falta de organização e cria armadilha para si mesma

Guilherme Dellorto como Salomão em Reis
Guilherme Dellorto como Salomão em Reis (reprodução)

Desde o fenômeno Os Dez Mandamentos (2015), a dramaturgia bíblica da Record vive altos e baixos. Vieram outros sucessos, como A Terra Prometida (2016), tramas mais “mornas”, como Jesus (2018), e fiascos retumbantes, como Apocalipse (2018). Após um período mais crítico, a emissora experimentou um novo sucesso em 2021, com Gênesis.

O êxito de exibir uma trama dividida em fases com elenco diverso encorajou o canal a apostar em Reis, que segue basicamente o mesmo formato de sua antecessora. No entanto, ao contrário da história sobre a criação do mundo, Reis tem duração bem maior e é apresentada com pausas. Da estreia até aqui, a trama já passou por três hiatos.

Mas, por conta deste formato “novo”, a Record acabou criando uma armadilha para si mesma. Afinal, a emissora não tem o que colocar no lugar cada vez que interrompe a exibição de Reis, o que resulta numa prejudicial queda de audiência em seu horário nobre a cada parada. Isso prejudica tanto a própria Reis quanto a grade da emissora como um todo.

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Pausas prejudiciais

Reis
Reis  (divulgação)

Isso porque Reis nunca demonstrou ter o apelo popular de uma Os Dez Mandamentos, ou até mesmo de Gênesis. Desde a estreia, a produção apresenta audiência mediana, bem distante dos grandes sucessos bíblicos da emissora no passado. Porém, é fato que, aos poucos, conforme a história vai avançando, a produção religiosa consegue ampliar sua plateia. Normalmente, as temporadas de Reis têm curva ascendente de audiência.

Mas aí vem a pausa e joga por terra todo o êxito conquistado. O primeiro hiato, quando foi substituída por Todas as Garotas em Mim (2022), foi um desastre. Já a segunda pausa, quando entrou a enésima reprise de Jesus, as coisas também não foram bem. Agora, Reis está em sua terceira pausa e é a reapresentação de Jezabel (2019) que ocupa seu espaço. Mais uma vez, os números caíram.

O problema é que o canal não conseguiu criar um produto inédito para substituir Reis. Até houve uma tentativa com Todas as Garotas em Mim, mas foi um desastre tão grande que o canal acabou engavetando a péssima trama teen. Recorrer às reprises, então, se tornou a saída. Mas aí há outro problema: a falta de arquivo.

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"Reprise inédita"

Lidi Lisboa como Jezabel
Lidi Lisboa como Jezabel (divulgação)

Jezabel é uma “reprise inédita”, mas isso é uma raridade. Normalmente, o canal sempre acaba recorrendo às mesmas reprises de sempre, já que seu arquivo é limitado. Não por acaso, Jesus já foi reprisada várias vezes. E, para piorar, a faixa de reprises de novelas da tarde da Record também vem exibindo tramas bíblicas. Os Dez Mandamentos foi ao ar recentemente, e A Terra Prometida é o atual cartaz. Isso reduz mais ainda as possibilidades de repetecos no horário nobre.

A Record tem planos de uma nova produção bíblica, A Rainha da Pérsia. Mas, por conta de sua costumeira falta de organização, a trama não ficou pronta a tempo para substituir Reis. E nem há uma data de estreia prevista. Pode ser que entre depois de Jezabel, ou então fique apenas para depois do final das próximas temporadas de Reis. Vai saber…

Organizar sua dramaturgia seria fundamental para a Record neste momento em que o SBT está frágil com o fracasso de A Infância de Romeu e Julieta. Mas a emissora não parece capaz de enxergar a oportunidade e nem de ser minimamente organizada…



André Santana

25/11/2023

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1 Comentários

  1. Olá, tudo bem? O maior problema de Reis é a direção. Não tem cara de novela e nem de série. Abs, Fabio www.blogfabiotv.blogspot.com.br

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