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Dramaturgia de "tiro curto" ganha espaço nas principais emissoras brasileiras

Lidi Lisboa
Lidi Lisboa fará série curta no SBT (reprodução)

Recentemente, surgiu a notícia de que a Globo trabalha na produção de novelas curtas, que até ganharam o apelido de “doramas brasileiros”. A ideia é investir em tramas de cerca de 60 capítulos, que devem ser exibidos antes da trama das seis, por volta das 17h30. Vidas Paralelas é o título da primeira produção, que teve um piloto gravado recentemente.

Enquanto isso, o SBT repensa sua teledramaturgia. Com o fiasco de suas últimas novelas infantis, o canal criado por Silvio Santos agora investe em séries curtas que devem ser lançadas no horário nobre em momento oportuno. A primeira será Quem Vai Ficar com Mamãe?, que conta com nomes como Lidi Lisboa e Joaquim Lopes no elenco.

Na Record, isso já é uma realidade. A emissora colocou no ar esta semana Paulo, o Apóstolo, de 50 capítulos. Outras tramas bíblicas de duração semelhante já estão no gatilho, como A História de Jó e O Senhor e a Serva, entre outras.

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Tramas curtas x tramas longas

Curiosamente, as três principais emissoras brasileiras investem em teledramaturgia de “tiro curto” ao mesmo tempo em que as novelas tradicionais têm ficado cada vez maiores, principalmente na Globo. A líder de audiência tem colocado no ar folhetins que ultrapassam os 200 capítulos.

Garota do Momento, por exemplo, teve nada menos que 202 capítulos. Já Dona de Mim e Êta Mundo Melhor! foram planejadas para também ultrapassar a marca dos 200 capítulos. Isso sinaliza uma mudança de diretriz da teledramaturgia da Globo, que vinha numa fase de novelas menos longas.

Na gestão de Silvio de Abreu como diretor de teledramaturgia, por exemplo, as novelas tinham entre 150 e 170 capítulos, ficando no ar entre cinco e seis meses. Já na atual gestão, isso fica cada vez mais raro. Trata-se de uma medida de economia, já que novelas mais longas saem mais baratas, pois “diluem” os custos no decorrer de seus capítulos.

Já a aposta em séries ou novelas curtas têm a ver com exportação. No mercado audiovisual global, a tendência é de séries enxutas, com temporadas de, no máximo, 10 episódios, uma marca que facilita as vendas. Ao que parece, os canais brasileiros planejam suas novas tramas para vender.

André Santana

09/07/2025 

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