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Troca de direção pode acertar o passo do Chega Mais

Michelle Barros, Paulo Mathias e Regina Volpato no Chega Mais
Michelle Barros, Paulo Mathias e Regina Volpato no Chega Mais (reprodução)

Uma das novas apostas do SBT para 2024, o Chega Mais é um programa curioso. A atração tem uma embalagem bonita e bons apresentadores, que parecem realmente entrosados na condução das longas 4 horas da atração. Porém, o conteúdo deixa muito a desejar.

Como a audiência não anda lá essas coisas, a direção do SBT resolveu agir. A emissora afastou os diretores Carlos Aleixo e Marcelo Kestenbaum e escalou Ariel Jacobowitz para tocar o barco. A partir desta segunda-feira, 29, ele acumula a direção do Chega Mais com a das últimas semanas do programa Eliana, que chega ao fim em junho. Depois disso, ele seguirá apenas no matinal.

Com o novo diretor, o Chega Mais terá a chance de repensar seu conteúdo, que anda bem fraco. A atração preenche muito do seu tempo com pautas que são um verdadeiro convite ao sono, como diferentes chás, como montar um currículo, cuidados com o intestino, tipos de plantas e outros assuntos “fascinantes”.

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Mudanças urgentes

Assim, a missão de Ariel Jacobowitz é repensar o conteúdo do Chega Mais. O espaço do jornalismo está OK, mas as demais pautas parecem não dialogar com o público do SBT. A emissora de Silvio Santos é uma emissora popular, que quer se reconhecer na atração. Já o Chega Mais parece feito para a TV paga.

Não que pautas sobre saúde sejam ruim. Mas é preciso selecionar melhor os assuntos tratados e rever a duração destas conversas. O Chega Mais parece um longo Bem Estar, com um desfile de médicos nas mais variadas especialidades. Falta equilíbrio.

Além disso, falta entretenimento ao programa. Uma revista eletrônica não precisa ser 100% de informação. Quadros mais descontraídos, como games, entrevistas com famosos, curiosidades e brincadeiras, também cabem neste balaio. Não dá pra ficar quatro horas enfiando informação goela abaixo do espectador. Falta um respiro.

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Um novo olhar

Um bom exemplo de que cabe de tudo numa revista matinal é o Hoje em Dia na fase áurea. O programa da Record, nos tempos em que era comandado por Britto Jr, Ana Hickmann, Edu Guedes e Chris Flores, mesclava muito bem informação e diversão.

Havia jornalismo e quadros de serviço, mas também jogos com o público, brincadeiras com os apresentadores e besteiróis, tipo a “passarela” - que eles acabaram abusando, é verdade, mas não deixa de ser um exemplo de que o programa já foi muito eficiente no entretenimento e assustou a concorrência.

Ariel Jacobowitz, portanto, pode trazer esse novo olhar ao Chega Mais. O diretor é experiente em programas de auditório e foi o responsável por fazer o programa Eliana emplacar. Afinal, é bom lembrar que antes de ele assumir a cadeira de Leonor Corrêa, primeira diretora da atração, o Eliana tinha índices modestos.

Jacobowitz também dirigiu os auditórios de Hebe Camargo e Adriane Galisteu. Sua experiência neste tipo de programa, mais descontraído, pode agregar bastante ao matinal do SBT. O Chega Mais precisa de um chacoalhão.

André Santana

26/04/2024

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1 Comentários

  1. O SBT teria que fazer um relançamento do "Chega Mais". O programa teria que ter a apresentação única de Regina Volpato. O programa não tem que se basear no "Hoje em Dia" da Record em sim se basear no "Mais Você" da Globo. Alias a Regina tinha que ser a Ana Maria Braga do SBT. Outra coisa: a duração do programa tem que ser diminuída e ser exibida das 09h30 às 11h30. Com isso, no horário das 11h30 às 12h30 poderia exibir o "SBT São Paulo" com a Michele Barros e das 12h30 às 13h30 o "SBT Esportes".

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