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Como Agatha, Eliane Giardini salvou Terra e Paixão do completo desastre

Eliane Giardini como Agatha em Terra e Paixão
Eliane Giardini como Agatha em Terra e Paixão (divulgação)

Terra e Paixão era a grande aposta da Globo para reverter a má fase de seu horário nobre. A emissora estava confiante que o desastre de Travessia seria superado pelo incansável Walcyr Carrasco, que tem pouquíssimos fiascos em seu currículo. No entanto, nem sempre Carrasco acerta, e o início morno da atual novela das nove deixou isso claro.

Mas o autor, desta vez auxiliado por Thelma Guedes, não costuma jogar a toalha. Na tentativa de elevar a audiência, Terra e Paixão foi totalmente virada. Tanto que, por vários capítulos, se perdeu totalmente e não conseguia sair do lugar. A novela patinava, patinava, patinava… e nada!

Precisou uma personagem sair da tumba para que Terra e Paixão encontrasse um rumo. Agatha, que inicialmente estava morta e só aparecia em flashbacks interpretada por Bianca Bin, voltou à vida na interpretação de Eliane Giardini. Parceira antiga de Carrasco, a veterana entrou em cena e colocou a novela no eixo, entregando uma das melhores interpretações de sua vitoriosa carreira.

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Deslanchou

Irene (Gloria Pires) e Agatha (Eliane Giardini) em Terra e Paixão
Irene (Gloria Pires) e Agatha (Eliane Giardini) em Terra e Paixão (divulgação)

Inicialmente, Agatha surgiu como uma ex-presidiária jurando inocência, tal qual Flora (Patrícia Pillar) em A Favorita. Mas bastaram poucos capítulos para que a verdadeira face da personagem viesse à tona, revelando-se uma vilã vingativa pronta para destruir o clã La Selva.

Para criar a nova vilã, os autores jogaram a coerência às favas. Afinal, nos primeiros capítulos, Cândida (Susana Vieira) - a cafetina que tudo sabia da vida de todo mundo - jurava de pés juntos que Agatha era um “anjo na Terra”. Isso foi esquecido quando a “nova” Agatha entrou em cena, já que a vilã era a própria encarnação do capeta.

Mas, fazendo vista grossa à situação, fato é que a entrada de Agatha finalmente deu a Terra e Paixão algo que estava fazendo falta: uma história. A dinâmica que se estabeleceu com a mãe de Caio (Cauã Reymond) e o casal Antônio (Tony Ramos) e Irene (Gloria Pires) funcionou e se tornou a grande trama da novela das nove da Globo. O duelo de Agatha e Irene, inclusive, valorizou a presença de Gloria Pires, que vinha quase no piloto automático com sua Irene, que começou a novela meio apagada.

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Parceria antiga

Eliane Giardini em Eta Mundo Bom!
Eliane Giardini em Eta Mundo Bom! (divulgação)

O fato de Agatha ter sido vivida por Eliane Giardini foi um dos motivos que fizeram a personagem acontecer e roubar a cena em Terra e Paixão. A atriz, dona de um talento inquestionável, sabe como poucos dar credibilidade ao texto de Walcyr Carrasco, autor conhecido por resvalar no didatismo em vários momentos.

A parceria entre a atriz e o autor começou por acaso. Eliane Giardini foi escalada para viver Ordália em Amor à Vida (2013) após a desistência de Cassia Kis, primeira atriz convidada para a personagem. Depois disso, Eliane brilhou como Anastácia, em Eta Mundo Bom! (2016), e Nádia, de O Outro Lado do Paraíso (2017).

Agatha foi a cereja do bolo. Apesar de veterana, Eliane Giardini teve poucas oportunidades de protagonizar uma novela. Ela fez coadjuvantes memoráveis, mas raramente viveu uma personagem principal. Uma das poucas foi Hélia em Tempos Modernos (2010), mas a novela foi rotulada como fracasso e acabou esquecida. Agatha, portanto, apaga essa “injustiça”. Uma grande vilã para uma grande atriz.

A megera morreu esta semana na novela, dando início ao famigerado recurso do “quem matou?”. Apesar de ser um ato corajoso dos autores eliminar a principal personagem da novela faltando mais de um mês para o desfecho, o final acabou coroando uma passagem meteórica e marcante da vilã pela trama.

Terra e Paixão está longe de ser uma ótima novela, bem entendido. Também nem de longe figura entre os melhores trabalhos de Walcyr Carrasco. Mas não há dúvidas de que a entrada de Agatha deu uma sobrevida a uma trama que tinha tudo para ser um grande fracasso.



André Santana

09/12/2023

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3 Comentários

  1. Olá, tudo bem? Na realidade, não sei se a ressureição da Ágatha constava do roteiro original, mas Eliana Giardini fortaleceu Terra e Paixão. A entrada da Thelma Guedes foi fundamental para sustentar a obra até o ano que vem. Abs, Fabio www.blogfabiotv.blogspot.com.br

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  2. Se a novela conseguir a difícil missão de terminar com média 26.5 ou que seja 26.4 praticamente será no consolidado média de 27. No atual panorama das novelas é uma proeza e muita coisa. Ah, mas não chegou nos 30 pontos. Ela pegou no chão com 24 e seu início foi nos 23 demorou muito p começar a subir nos 25 e só a partir da Agatha que começou a ter burburinho e repercussão nas redes sociais falando bem e mal. Eu, particularmente não gosto da novela mas reconheço a força do Walcyr Carrasco. Ele mesmo com problemas de saúde conseguiu mais uma vez entregar para a sucessora bons números e será bem mais fácil chegar nos 30 pontos. Também não estou com tanta vontade assim de ver Renascer. Provavelmente irei ver o início Pantanal eu vi porque eu não vi a original. E Renascer lembro alguma coisa. Mas não tenho tanta paciência p novela do Benedito.

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  3. É, a Eliane Giardini como Agatha deu uma salvação e uma alavancada em Terra e Paixão que continuo achando uma novela confusa! Das 3 atuais novelas da Globo (a das 6 o remake de Elas Por Elas que está patinando em audiência, a das 7 Fuzuê e a pós-JN Terra e Paixão), a pior das 3 é a das 7 Fuzuê.

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