Realities em baixa: estreia de "Ilha Record" reforça pouco caso do público com formato

Mariana Rios apresenta Ilha Record (reprodução/Record)

Ilha Record não foi nenhum estouro no ano passado, mas alcançou índices de audiência satisfatórios para os padrões da Record. No entanto, a segunda temporada, que estreou na última segunda-feira, 18, não parece capaz de repetir o feito. Agora comandado por Mariana Rios, o programa passou quase despercebido nesta primeira semana no ar.

Seu antecessor, o Power Couple Brasil, sofreu com pouco caso semelhante. O reality de casais também teve os mais fracos resultados desde a sua estreia, em 2016. Mesmo com um elenco explosivo e muitos barracos, o programa apresentado por Adriane Galisteu passou em brancas nuvens.

São vários os motivos que explicam o fraco desempenho. Um deles é a fragilidade da atual grade da Record. No ano passado, a emissora surfava no sucesso de Gênesis, que impulsionava as atrações que vinham na sequência, como a reprise de Topíssima e a série Quando Chama o Coração. Já este ano, os fracos desempenhos de Reis, Todas as Garotas em Mim e da reprise de Amor Sem Igual prejudicaram os realities.

Além disso, parece que há um desinteresse do público com o formato em si. O BBB 22 já foi ruim, deixando uma péssima impressão. O No Limite, mesmo muito melhor que na temporada passada, também não conquistou o grande público. Neste caso, nem ao menos há a questão da grade, já que Pantanal tem ido bem na Globo.

Ou seja, a grade ruim ajuda a explicar, mas há também um certo cansaço de reality shows no ar. Provavelmente, o formato teve um boom nos últimos dois anos por conta do isolamento causado pela pandemia. Mas, passado este período, os reality shows já não demonstram muita força para segurar o público. Resta saber se a próxima temporada de A Fazenda reverterá esta tendência ou reforçará ainda mais tal impressão. Vamos ver o que acontece.

André Santana

21/07/2022