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Globo celebra memória de Gilberto Braga e acerta com reprise de "Paraíso Tropical"

Wagner Moura e Camila Pitanga em Paraíso Tropical
Wagner Moura e Camila Pitanga em Paraíso Tropical (divulgação/Globo)

Outubro marca os dois anos do falecimento de Gilberto Braga, um dos mais consagrados autores de novelas do país, que faleceu em 26 de outubro de 2021. Para fazer jus à memória do novelista, o Globolpay lança duas de suas obras no Projeto Resgate: a problemática Pátria Minha (1994), que entra na plataforma no dia 9; e a clássica Escrava Isaura, disponibilizada no dia 23.

Mas Giba também voltará a figurar na programação da Globo em breve. De acordo com o jornal O Globo, Paraíso Tropical (2007), escrita pelo autor em parceria com Ricardo Linhares, deve substituir Mulheres Apaixonadas (2003) no Vale a Pena Ver de Novo. A trama deve entrar no ar entre o final de novembro e o início de dezembro.

Trata-se de uma escolha ousada da Globo, já que Paraíso Tropical não foi considerada um grande sucesso na época de sua exibição. Na verdade, a trama estreou derrubando os índices de audiência da faixa das nove, que vinham em alta por conta de Páginas da Vida, e demorou um pouco para engrenar. Sendo assim, a reação do público quanto à trama é uma incógnita, já que não se trata de uma escolha à prova de erros.

Porém, apesar da recepção morna em 2007, Paraíso Tropical acabou ficando marcada por conta de personagens icônicos, como a prostituta Bebel (Camila Pitanga) e o bandido Olavo (Wagner Moura), que formaram um casal que caiu nas graças do público e tem fãs ardorosos até hoje. A trama também foi bem-recebida no Viva, onde foi reprisada em 2021, e no Globoplay, no qual foi disponibilizada em fevereiro do ano passado.

Para os fãs de Gilberto Braga, o repeteco vale sim a pena. Paraíso Tropical não está entre os trabalhos mais lembrados do novelista, mas é uma obra com muitas qualidades.. A saga das gêmeas Paula (Alessandra Negrini) e Taís (Alessandra Negrini) causou alguma estranheza no público ao tocar em temas espinhosos, como o turismo sexual e a prostituição. O casal principal, formado por Paula e Daniel (Fábio Assunção) também não caiu nas graças do público.

Além disso, o início da trama foca bastante no duelo entre Daniel e Olavo, dois executivos que disputam a sucessão do empresário Antenor Cavalcanti (Tony Ramos) em seus negócios. O “conflito empresarial” fez a novela ser considerada “muito masculina”, e isso foi corrigido com o tempo.



Mas a novela engrenou mesmo quando Bebel e Olavo formaram um “casal bandido” que caiu no imaginário popular. Com isso, Paraíso Tropical não saiu de cena com o rótulo de fiasco, mas acabou perdendo força na memória do noveleiro. Porém, exaltada por fãs ardorosos, a trama ganhou ares de cult.

Paraíso Tropical inaugurou a parceria oficial de Gilberto Braga com Ricardo Linhares, que se seguiu em Insensato Coração (2011) e Babilônia (2015, esta também com João Ximenes Braga). Ao tradicional estilo de Braga, à vontade para falar da elite carioca e seus “podres”, Linhares acrescentou a agilidade da narrativa episódica, fazendo de Paraíso Tropical uma novela movimentada e cheia de ação.

A reprise no Viva mostrou como Paraíso Tropical foi uma novela muito bem armada, com personagens cativantes e bem amarrados, e uma trama ágil e envolvente. Comparada a boa parte das novelas produzidas atualmente, é uma trama acima da média. Por isso, vale a conferida no Vale a Pena Ver de Novo.

André Santana

07/10/2023

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1 Comentários

  1. Olá, tudo bem? Jamais admirei o autor Gilberto Braga. E agora "especulações" de sua vida pessoal vieram à tona. .. Fiquei menos fã ainda. Não gostei da novela Paraíso Tropical. Abs, Fabio www.blogfabiotv.blogspot.com.br

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