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Novelas da Globo vivem crise sem fim

CLIPPING TV - por André Santana

Marina Ruy Barbosa e Giovana Cordeiro estrelam Fuzuê
Marina Ruy Barbosa e Giovana Cordeiro estrelam Fuzuê

Segundo informações do portal NaTelinha, são boas as chances de José Luiz Villamarim deixar o comando da direção de teledramaturgia da Globo. De acordo com a publicação, a emissora não estaria satisfeita com a gestão atual, que vem acumulando fracassos. Os parcos desempenhos de Elas por Elas, Fuzuê e Terra e Paixão demonstram que o canal tem errado mais que acertado.

Curiosamente, se deixar mesmo a cadeira, Villamarim não terá deixado, de fato, uma assinatura própria no cargo. Seu antecessor, Silvio de Abreu, se empenhou em organizar a fila de novelas com uma frente de três anos, ao mesmo tempo em que se dedicou a lançar novos autores. Já Vlllamarim, até o momento, não teve tempo de deixar sua marca.

Ao contrário de Abreu, o atual diretor apareceu sempre abaixo dos diretores gerais da Globo em suas decisões - leia-se Ricardo Waddington e, recentemente, Amauri Soares. Foi Waddington quem apostou em Pantanal e decidiu remanejar Todas as Flores para o Globoplay, adiantando Travessia, por exemplo. Já o recente cancelamento de O País de Alice, de Lícia Manzo, foi atribuído a Soares.

Além disso, vale lembrar que algumas das produções realizadas no período de 2020 até aqui foram aprovadas na gestão anterior. Sendo assim, fica nebuloso entender o que de fato tem o dedo de José Luiz Villamarim nas mais recentes produções da emissora, sejam sucessos ou fracassos.

O que dá pra cravar é que a emissora carece de alguém capaz de analisar não apenas sinopses, mas o todo na programação. Tramas com temáticas repetidas exibidas em sequência, por exemplo, é um erro primário. Era um cuidado que Silvio de Abreu tinha, assim como Manoel Martins, Daniel Filho e Boni, no passado. 

Porém, deixar todas as decisões nas mãos de Amauri Soares parece errado. Segundo a imprensa especializa, é ele quem estaria por trás do retrocesso da abordagem da homossexualidade nas novelas. Além disso, ele também tem dado preferência a histórias “populares”, abrindo mão da saudável variedade de temáticas e cenários. Até mesmo as novelas espíritas estariam vetadas! O que virá a seguir?

A Globo está mudando. Mas, ao que parece, tem mudado pra pior…

Novo SBT

Estão pipocando muitas informações sobre a mudança na grade de programação do SBT no ano que vem. Daniela Beyruti, vice-presidente da emissora, estaria pretendendo apostar numa grade com maior potencial comercial, justamente para faturar mais. Por isso, estaria disposta a ampliar a programação ao vivo diária, apostando em revistas eletrônicas, um formato que permite um bom faturamento por meio de merchandisings.

Novo SBT 2

Regina Volpato no Mulheres
Regina Volpato no Mulheres (reprodução/TV Pop)

Sendo assim, a emissora estaria disposta a lançar duas revistas eletrônicas no ano que vem. Uma delas será matinal, apresentada por Regina Volpato e outros dois apresentadores. A outra seria vespertina, sob o comando de Chris Flores, que poderia ser um Fofocalizando reformulado ou até mesmo um programa novo, que absorveria o programa de fofocas. A princípio, são dois bom projetos, entregues à apresentadoras muito competentes. 

Novo SBT 3

O maior problema deste plano é: será que é isso que o público do SBT quer? Revistas eletrônicas costumam ir bem em todas as emissoras, menos no SBT. Já percebeu? Tanto que todas as tentativas do canal de fazer algo nesse sentido naufragaram. Falando Francamente (2002), Olha Você (2008) e, mais recentemente, Vem pra Cá (2021), simplesmente não decolaram. 

Novo SBT 4

É bem possível que os novos programas do SBT alcancem retorno comercial. No entanto, a  comercialização dos espaços também está atrelada à audiência. Sendo assim, esses novos programas precisam ter um público minimamente satisfatórios ou poderão naufragar.

DNA do SBT



Meu palpite é que esses programas não funcionam no SBT porque não têm o DNA da emissora. O canal construiu sua história sobre programas de entretenimento mais “simples”, com menos informação e mais diversão. Programas de auditório, games, enfim. Tanto que os programas vespertinos do SBT mais memoráveis são games, como o Fantasia e o Passa ou Repassa.

Hábito

Obviamente, TV é hábito. Se o SBT produzir programas bons e tiver paciência para implantá-los, pode funcionar. Não será tarefa fácil, já que os novos programas vão disputar a atenção do público com outras atrações do segmento que estão consolidadas. Vai ser preciso ajustar o programa no ar e ter paciência, muita paciência…

CLIPPING TV é a coluna semanal do TELE-VISÃO que promove um sobrevoo sobre as principais notícias televisivas. Até a próxima!

André Santana

07/10/2023

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1 Comentários

  1. Como q a TV Globo vai fazer coisas melhores para 2024, se em 2023, eles só fizeram coisas piores?!

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