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Programa Charme e a incrível batalha de Adriane Galisteu nos jardins do SBT

Adriane Galisteu no Charme
Adriane Galisteu no Charme (reprodução)

Na última semana, Adriane Galisteu esteve no Que História É Essa, Porchat?, no GNT, e relembrou os vários embates que teve com Silvio Santos durante sua passagem pelo SBT. De fato, a apresentadora foi contratada com status de estrela em 2004, mas passou por poucas e boas durante a louca trajetória do programa Charme na programação da emissora. Lembra?

Vinda da Record, onde comandava o ótimo É Show, Adriane Galisteu chegou ao SBT com a intenção de fazer algo parecido - ou seja, um programa de auditório baseado em musicais e entrevistas. No entanto, Silvio Santos tinha outros planos. Sempre sonhando em emplacar uma versão brasileira de Hola Susana, o apresentador criou o vespertino Charme nos mesmos moldes da atração argentina comandada por Susana Giménez. 

Charme era um programa de auditório no qual cada bloco exibia um quadro diferente. E todos eram costurados por games, nos quais Adriane Galisteu recebia ligações e convidava espectadores para tentar adivinhar coisas como quantos feijões havia dentro de um pote. Para brincar, o espectador precisava atender a ligação com um “como vai, Galisteu?”. Charme também tinha um bloco para entrevistas (curtas), reportagens e games com a plateia, além de um quadro de dramaturgia exibido às segundas-feiras.

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Mudanças

Charme estreou em 25 de outubro de 2004, na faixa das 15h30, com direção de Nilton Travesso. Adriane o comandou com muita dignidade, mas estava claro que a apresentadora não estava gostando do formato engessado da atração, com blocos muito bem marcados. Assim, ela passou a lutar para ter mais liberdade, e acabou conseguindo: os quadros foram mantidos, mas eram mais “elásticos”, sem um desenho muito rígido.

O programa melhorou, mas Silvio Santos não gostou do resultado e tratou de mandar voltar a ser tudo como antes. Assim, Adriane Galisteu seguiu insatisfeita, declarando aos quatro cantos que sentia que a atração não tinha seu potencial aproveitado.

Como a queda de braço entre Adriane e Silvio Santos seguiu, o dono do SBT promoveu nova mudança em 2005 e transformou Charme num semanal, nas noites de quarta-feira, com um formato mais próximo do que Adriane queria, parecido com o É Show. Porém, em pouco tempo, a atração migrou para as noites de sábado e a audiência despencou. 

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Revista eletrônica

Em 2006, Charme voltou a ser diário exibido nas tardes do SBT. Silvio Santos, então, escalou o diretor Carlos Amorim, que transformou a atração numa revista eletrônica. O programa, então, passou a contar com uma equipe de reportagem e várias pautas de serviço, numa tentativa do SBT de concorrer com o Tudo a Ver, da Record.

Mas, no final daquele mesmo ano, Silvio Santos deu férias a Adriane Galisteu e convocou Celso Portiolli para substitui-la - o que, para muitos, soou como uma espécie de punição. Com Celso, Charme deixou o formato de revista eletrônica e voltou a apostar em games.

Em janeiro de 2007, Adriane voltou das férias, mas não reassumiu as tardes do SBT. Charme voltou a ser semanal, nas noites de segunda-feira, enquanto Celso Portiolli seguiu na atração vespertina, que mudou de nome para Namoro na TV e Etc. Curiosamente, as duas atrações iam ao ar no mesmíssimo cenário. Essa fase durou pouco tempo e, em fevereiro, Charme deixou a programação.

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Talk show e pijamas

Em março de 2007, Charme voltou ao ar totalmente reformulado. O programa ganhou um novo cenário e se tornou um talk show, exibido nas madrugadas, logo depois do Jornal do SBT - faixa que já havia sido do Jô Soares Onze e Meia e do Programa Livre. Essa foi a melhor fase do programa, com Adriane Galisteu visivelmente mais satisfeita com a atração que tocava.

Entretanto, Silvio Santos voltou a atacar. Afirmando que Adriane Galisteu era cara demais para ficar escondida no fim de noite, o dono do SBT mudou novamente o horário do Charme, que voltou a ser exibido de tarde. Inicialmente, o formato de talk show se manteve, mas logo os games por telefone voltaram. Começava assim a fase mais “pobre” da atração, que passou a ser 100% dedicada aos games, sem entrevistas nem nada.

No segundo semestre, Silvio Santos voltou a atacar, resolvendo inverter os horários de Charme e Fantasia - que, àquela altura, havia sido relançado nas madrugadas. Com isso, Adriane Galisteu voltou ao fim de noite, desta vez ao vivo, num programa sem qualquer atrativo. Para chamar alguma atenção e “protestar” pelo horário tardio, a loira passou a comandar o Charme de pijamas, ato que foi elogiado por Silvio Santos. Nessa fase, Adriane saiu de férias novamente e foi substituída por Patrícia Salvador por um curto período.

Mas, em janeiro de 2008, Charme e Fantasia tiveram seus horários invertidos novamente, e Adriane Galisteu voltou para as tardes do SBT. Entretanto, em março, Charme mudou de novo e voltou para as madrugadas. Porém, essa nova fase durou apenas uma semana, já que a atração teve sua última edição exibida em 18 de março daquele ano. Com o fim do Charme, Adriane Galisteu deixou o SBT e assinou com a Band, onde comandou o Toda Sexta a partir de 2009.

André Santana

13/11/2025

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1 Comentários

  1. Olá, tudo bem? Charme nunca foi um sucesso de audiência. Sempre lembro da Galisteu com a pergunta: quantos feijões têm no pote? Rsrs... Abs, Fabio blogfabiotv.blogspot.com.br

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