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Record terá grade semelhante à da Globo (de novo)

Lembra quando a Record colocou em prática seu plano “a caminho da liderança” e buscou montar uma grade de programação parecida com a da Globo? A emissora desejava ter três novelas inéditas na grade, uma às 18h, outra às 19h, e uma terceira às 20h30, com telejornais entre uma e outra, sendo um jornal local antes da novela das 18h e um jornal nacional por volta das 20h. A ideia até foi levada adiante em 2006, quando o canal exibiu Alta Estação às 18h, seguido do SP Record, da novela Bicho do Mato, do Jornal da Record e de Cidadão Brasileiro.

Entretanto, o plano durou pouco. Logo a emissora realocou Cidadão Brasileiro para a faixa das 22 horas, tornando-se uma alternativa às novelas da Globo e, de quebra, descobriu um bom horário a ser explorado, emplacando sucessos como Vidas Opostas, Caminhos do Coração e Chamas da Vida. Já a “novela das seis” foi abortada quando Alta Estação acabou encurtada e substituída pela trama enlatada Zorro – A Espada e a Rosa.

Anos depois, e com os planos “a caminho da liderança” revistos, parece que a Record pretende tentar de novo. Ou quase. A partir do dia 25, a emissora lançará uma nova grade de programação, que terá a reprise de Os Dez Mandamentos fazendo as vezes de “novela das seis”, às 18h, seguido de um novo jornal local (em São Paulo, haverá o retorno do SP Record) e, depois, da novela Belaventura, na faixa da “novela das sete”. A diferença será a “novela das oito” da Record, que segue começando às 20h30, enquanto o Jornal da Record permanece às 21h30.

Sem dúvidas, a Record vem assumindo riscos com a manobra. A emissora encurtará o Cidade Alerta, uma de suas maiores audiências, para apostar num repeteco de uma novela recém-encerrada às 18h. A direção da emissora deve avaliar que, como a trama bíblica foi um fenômeno, deverá repetir o sucesso neste novo horário. A ideia de um novo jornal local é boa, assim como a substituição da reprise de A Escrava Isaura por uma trama inédita, Belaventura, é mais do que bem-vinda. Ficamos na torcida pra que a emissora consiga manter uma produção contínua de teledramaturgia às 19h30 e não precise mais recorrer ao seu acervo (afinal, contando as reprises da tarde e Os Dez Mandamentos, a rede seguirá com três faixas de repeteco).

No entanto, a emissora erra ao não avaliar as circunstâncias. Os Dez Mandamentos é realmente um fenômeno, e tem chances de fazer sucesso novamente. Mas deve-se considerar, também, o contexto atual. Quando fez sucesso, a novela de Moisés (Guilherme Winter) tinha à frente a novela Babilônia, um dos maiores erros da história da Globo. Agora, na faixa das 18h, terá pela frente Novo Mundo, um dos maiores sucessos das 18h dos últimos anos. Isso sem falar no curto período entre a exibição original e a reprise, que acontece depois de a Record ter explorado a novela à exaustão, com lançamento de filme e de uma “segunda temporada”. Fora o possível início de desgaste das tramas bíblicas já percebido em O Rico e Lázaro. Vamos ver o que acontece.

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André Santana

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4 Comentários

  1. Nao devia fazer isso...essa novela foi longa demais..durou quasw dois anos ea record contínua com.novelas biblivas ineditas...colocava um.seriado as seis..seria melhor. ..o rico eo lazar começou bem com apuro tecnico mas por ser novela e durar muito estao andando em circulos

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    1. Honestamente, também acho um erro. Não acredito que Os Dez Mandamentos repetirá o sucesso neste horário.

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  2. Dá pra ver que a Record quer alavancar a audiência das novelas, inclusive de Belaventura, mas três novelas em sequência é estranho. Quem se deu mal foi o "jornalismo policial".

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    1. Fora que é cedo demais pra uma reprise de Os Dez Mandamentos. E o que virá depois? A Terra Prometida? Falta pensamento a longo prazo nesta estratégia.

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