Com “A Fazenda”, Rachel Sheherazade ressurge das cinzas e pode ganhar espaço na Record

A jornalista e ex-A Fazenda Rachel Sheherazade (divulgação/Record)

Um vídeo em que aparecia detonando o Carnaval foi o suficiente para Rachel Sheherazade cair nas graças de Silvio Santos. O animador a contratou para comandar o SBT Brasil, tornando-a uma das mais longevas âncoras do noticioso inaugurado por Ana Paula Padrão em 2005. Mas o casamento de quase 10 anos terminou num divórcio litigioso quando Rachel foi dispensada pelo SBT e tratou de processar a emissora.

Rachel fez barulho em sua passagem pelo SBT, e nem sempre pelos melhores motivos. Conservadora, virou uma espécie de “heroína da direita” com seus comentários no noticiário do SBT. Mas ela perdeu essa plateia ao aderir ao movimento “ele não”, contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Enquanto teve oportunidade de opinar no SBT Brasil, Rachel se destacou ora por comentários óbvios, ora pelo conservadorismo. Mas, ainda assim, conseguiu criar inimizades poderosas, ao ponto de ser proibida de proferir seus comentários no jornal do qual havia sido contratada justamente para isso.

Depois de sair do SBT, Rachel Sheherazade praticamente sumiu. Ela não emplacou nenhum novo trabalho em outra emissora. Apenas teve uma passagem relâmpago pela rádio Jovem Pan. Ainda assim, o público ficou surpreso com o anúncio de que Rachel estaria na nova edição de A Fazenda.

A jornalista foi expulsa na semana passada. Mas, no pouco tempo que ficou por lá, Rachel angariou fãs ardorosos. Sua popularidade é tamanha que a apresentadora até mesmo ressuscitou o Hora do Faro, que ganhou de Eliana depois de anos ao recebê-la. Nas redes sociais, ela também é um sucesso. Rachel Sheherazade ressurgiu das cinzas.

A Record, portanto, precisa aproveitar esta onda e investir em Rachel. A apresentadora seria um reforço e tanto para seu cast, seja no jornalismo ou no entretenimento. A emissora tem tantos programas jornalísticos comandados por homens que são uma espécie de “showman”, como Reinaldo Gottino ou Luiz Bacci. Por que não ter uma mulher no mesmo posto? E uma mulher como Sheherazade?

Ok, as opiniões da jornalista podem não agradar a cúpula do canal. Mas que ela faria algo interessante no comando de um jornalístico nestes moldes, não há dúvidas. Se não tiver espaço no jornalismo, Rachel pode ter vez no entretenimento. Que tal um espaço no Hoje em Dia ou um novo programa vespertino só pra ela?

Rachel surfa uma onda boa e a Record vai errar feio se não tirar proveito disso. Fica a dica!

André Santana

27/10/2023