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Nova “A Usurpadora” é uma boa aposta do SBT

Sandra Echeverría como Paola e Paulina em A Usurpadora
Foto: divulgação

Em mais uma ação para celebrar seus 40 anos, o SBT faz mais uma boa aposta em sua programação. O canal estreia nesta semana uma nova versão de A Usurpadora, uma das novelas mexicanas de maior êxito no Brasil. A saga de Paola Bracho e Paulina Martins, vividas por Gabriela Spanic, se tornaram uma verdadeira febre no país quando foi exibida pela primeira vez, em 1999, e repetiu o sucesso em suas inúmeras reprises nos anos seguintes.

A nova versão de A Usurpadora, produzida pela Televisa em 2019 é, na verdade, uma série em 25 episódios que reinventa a saga da gêmea pobre que é obrigada pela gêmea rica a ocupar o seu lugar em sua família. A produção faz parte do projeto Fábrica de Sueños, que objetiva transformar novelas clássicas da Televisa em séries. Rubi e Ambição (Cuna de Lobos) também ganharam novas versões dentro deste projeto.

Trata-se de uma reinvenção bem interessante da novela clássica. A nova A Usurpadora ganha contornos de drama político, ao trazer Paola (Sandra Echeverría) como primeira-dama do México. A vilã é casada com Carlos Bernal (Andrés Palácios), presidente do país, mas vive infeliz numa relação de aparências apenas para atender aos interesses políticos do marido. Ela descobre que tem uma irmã gêmea que vive na Colômbia, Paulina, e arquiteta um plano macabro: forjar sua própria morte.

Assim, Paola recruta Paulina, ameaça a vida da mãe dela e a obriga a assumir seu lugar como primeira-dama. A ideia da vilã é matar Paulina diante de toda a população, fazendo todos acreditarem que a morta é ela. Oficialmente morta, ela finalmente se livra da vida infeliz de primeira-dama e pode curtir a vida com seu amante pelo mundo afora. No entanto, o plano de Paola não dá certo, pois Paulina sobrevive ao atentado. Começa, então, a rivalidade declarada das gêmeas.

O SBT exibiu o primeiro episódio da série numa edição especial na última quarta-feira, 29. Trata-se de uma produção bastante caprichada, com fotografias e takes cinematográficos, que dão um ar premium à atração. Além disso, o novo enredo dá novas camadas aos personagens, humanizando-os. Sem perder o dramalhão de vista, a nova A Usurpadora apresenta uma Paulina menos boboca, um Carlos menos ingênuo e uma Paola com motivações mais claras. Trata-se de uma visão bem interessante da clássica vilã, pois a mostra como uma mulher infeliz, e não simplesmente má. 

À primeira vista, é esquisito para um espectador que já assistiu às trocentas reprises da clássica A Usurpadora embarcar na nova versão. Gabriela Spanic construiu gêmeas marcantes, e ver Sandra Echeverría em seu lugar causa certo estranhamento. Porém, aos poucos, o novo e mais denso drama apresentado pela nova versão vai envolvendo e, ao final do primeiro capítulo, a nova atriz já faz todo o sentido dentro daquele novo contexto. Ou seja, a série traz uma visão nova da trama clássica e a reinventa de maneira inteligente. Em suma, uma ótima produção.

O SBT anuncia a exibição dos 25 episódios de A Usurpadora a partir da próxima quarta-feira, 3. A atração será diária, no horário nobre. Estreará após o último capítulo de Chiquititas e, depois, passa a ir ao ar depois de Carinha de Anjo, que volta ao ar nesta segunda, 4. O SBT “limou” o Roda a Roda da programação, e Carinha de Anjo será exibida às 20h30. Ou seja, a partir do segundo episódio, A Usurpadora irá ao ar às 21h30.

É uma estratégia de programação interessante, já que traz novidades no horário nobre do canal, refém de reprises de novelas infantis há anos. Caso dê bons resultados, a nova A Usurpadora pode abrir espaço para novos produtos de dramaturgia adulta no horário. Aliás, é uma reivindicação antiga dos espectadores de novelas mexicanas a volta das novelas ao horário nobre. E vale lembrar que as Novelas da Tarde, atualmente, respondem pelas maiores audiências do SBT, enquanto o horário nobre está um tanto caído. Ou seja, a princípio, esta provável nova faixa de dramaturgia parece um bom plano.

Pesa contra seu sucesso a concorrência do horário. A reprise de Império, mesmo em baixa, está na reta final, o que segura o público. E Gênesis, na Record, segue alcançando bons resultados. Além disso, vale observar como o espectador fã da clássica A Usurpadora receberá este remake tão diferente. Um público mais conservador pode torcer o nariz às mudanças. Por outro lado, a nova versão pode atrair um novo público à franquia, o que também é interessante. Vamos ver o que acontece.

André Santana 

02/10/2021

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3 Comentários

  1. Olá, tudo bem? Li diversas críticas negativas sobre o remake de A Usurpadora. A minha expectativa, portanto, é baixa, mas veremos o que acontece. Abs, Fabio www.blogfabiotv.blogspot.com.br

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  2. E uma obra tão conhecida tão lembrada os meses da Paola.. mas porém anda em alta produções do México com um pé no dramalhão mexicano em série na Netflix. Como casa das flores..comtemas mais adultos além de histórias de amor Vale espiar

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  3. Embora a clássica A usurpadora com a Gaby exibida sete vezes pelo SBT esteja entre as minhas novelas preferidas e nenhum remake chegará perto daquela magia toda, vou ver. O fato de ser curta ajuda.

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