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Fim de "Gugu" e "Legendários" é indício de nova era na Record

Como dito por aqui em post publicado ontem, 01, Marcos Mion perdeu seu programa próprio e Legendários não estará na programação da Record em 2018. Mion segue na emissora e se mantém como comandante de A Casa no ano que vem. Assim, o apresentador segue os passos de Xuxa Meneghel, que também perdeu seu próprio programa para comandar o Dancing Brasil, cuja terceira temporada estreia em janeiro.

Agora, segundo o colunista do UOL Ricardo Feltrin, Gugu Liberato não deve renovar seu acordo com a emissora. O motivo: ele não quer seguir a trilha de Xuxa e Mion e se tornar um mestre de cerimônias de formatos prontos. Segundo Feltrin, Gugu gostaria de seguir apresentando sua atração no ano que vem, mas a direção da Record ofereceu a ele o Power Couple ou algum outro formato. Gugu, ainda segundo o colunista, disse não e, até segunda ordem, está fora da emissora.

Com isso, Gugu encerra mais um ciclo na emissora. Quando deixou o SBT, em 2009, assinou com a Record a peso de ouro para comandar um programa aos domingos, o Programa do Gugu. Grande aposta da emissora, a atração não decolou e os altos custos da produção fizeram com que apresentador e canal desistissem do programa antes do final do contrato. Assim, Gugu deixou a televisão em 2013 e passou um tempo fora da TV, até retornar propondo ser seu próprio produtor, revitalizando sua produtora GGP. A ideia de Gugu era produzir seu próprio programa, além de outros produtos, para algum canal de TV. A Record se interessou e deu-se início à segunda passagem de Gugu pela emissora.

O novo programa Gugu passou a ir ao ar de terça a quinta, e a ideia era fazer uma temporada de três meses, enquanto a GGP poderia assumir outros programas do canal. Como foi bem de audiência, a temporada foi estendida e Gugu ficou no ar até o fim de 2015. Em 2016, a atração retornou, mas apenas às quartas-feiras, dia em que ia melhor de Ibope. Com a mudança, Gugu passou a faturar menos e viu seus planos de produzir outros programas para a Record não acontecerem. Com isso, seguir sendo seu próprio produtor passou a ser um mau negócio, e o apresentador solicitou ser recontratado como artista e ter seu programa produzido nos estúdios da própria Record. Foi atendido e, em 2017, Gugu seguiu nas noites de quarta-feira.

No entanto, o programa de Gugu Liberato enfrentou maus momentos nesta nova fase. Aos poucos, o programa perdeu fôlego, sobretudo pela insistência em produzir pautas pouco interessantes. Era um programa de auditório, mas acabou se tornando um programa de entrevistas especializado em sabatinar artistas que estavam fora da mídia. Sem apelo, foi ultrapassado pelo Programa do Ratinho.

Provavelmente, foi a baixa audiência de Gugu que pesou na decisão da Record de não mais investir na atração em 2018. Paralelamente, a experiência feita com Xuxa de colocá-la num novo formato, e não mais num programa próprio, parece ter encorajado a Record a fazer isso com outros apresentadores que não andam rendendo tanto. Ou seja, esta oferta feita pela Record e recusada por Gugu de passar a ele o Power Couple deixa ainda mais claro que a emissora não quer mais apostar em programas comandados por grifes, e sim em formatos.

Trata-se de uma política que o SBT tentou implantar anos atrás. Silvio Santos teria dito que os apresentadores estavam ganhando muito bem, e que não mais faria contratações de peso, e sim investiria em formatos e os entregaria a novos nomes. Foi com essa política que surgiram programas como Esquadrão da Moda, Ídolos, Dez Anos Mais Jovem, Qual É o seu Talento?, Famoso Quem? e Esse Artista Sou Eu, formatos comandados por nomes até então desconhecidos, como Isabela Fiorentino, Lígia Mendes, Beto Marden, André Vasco e Marcio Ballas, entre outros. Mas o próprio Silvio desistiu disso quando, depois, contratou Eliana e Danilo Gentili, além de ter transformado Patrícia Abravanel em estrela do canal.

Trata-se de uma manobra de risco, já que formato pronto não é sinal de sucesso garantido. A própria Record penou este ano com A Casa e A Fazenda. Nomes conhecidos que comandam programas com suas caras ajudam a dar identidade à emissora. Agora, o canal poderá ter uma grade mais variada, mas com programas que poderiam ser apresentados por qualquer pessoa, e não mais apresentadores-grifes. Se vai dar certo, só o tempo dirá.

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André Santana

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4 Comentários

  1. O problema do Gugu é que desde aquele episódio de 2003 sua credibilidade foi ao chão e se ele não quiser aceitar um formato de programa não sairá do mesmo lugar. Acho que o negócio de ser o sucessor de Silvio Santos deu no telhado e vejo um fim melancólico de carreira pra ele se não inovar.

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  2. Taí uma oportunidade profissional SBT aos sábados a noite...
    Já saiu legendários e o da Sabrina não é tão bom Assim...

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  3. Programasvde auditoriovestai datadis.muito anos 80 e 90 ...senão for participativo como o altas horas não vale a penq

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  4. Nessa última semana de reality a fazenda , que por sinal a Record pra variar pisou muito na bola ,com um favorecimento mais que descarado ao Dr Marcos e um apresentador educado porém robótico e frio pra esse tipo de atracao !
    Gugu fez seu programa ao vivo dentro do reality rural e deu um show de apresentação ,claro que Gugu prefere um programa seu com auditório mais foi bem desenvolto e passou mais emoção do que o Roberto Justus em 3 meses
    A Record tem dois grandes comandantes para a fazenda : Gugu e Marcos Mion ( esse segundo acho mais fácil aceitar fazer ) porém ao que Tudo indica o robótico deve continuar no ano que vem

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