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"Os Dias Eram Assim" estreia bem

Ao assistir aos primeiros capítulos de Os Dias Eram Assim, nova novela das onze (ou “supersérie”), não dá para não chegar à conclusão de que a direção de teledramaturgia da Globo acertou em cheio ao levar esta trama, inicialmente concebida para o horário das seis, para a faixa das onze. No novo horário, as autoras estreantes Angela Chaves e Alessandra Poggi puderam tratar com menos pudores o pano de fundo da obra, que trata dos “anos de chumbo” vividos pelo Brasil nos tempos da Ditadura Militar.

Não que Os Dias Eram Assim resgatará as minisséries históricas e fazer um tratado da história recente do país. Claro, há uma abordagem interessante da temática, que dá um tempero bastante especial ao enredo. Mas aqui, o cenário político é um pano de fundo (bastante presente, mas é pano de fundo) para contar uma história de amor bastante convencional, envolvendo Renato (Renato Góes) e Alice (Sophie Charlotte). O período político surge como principal fator que leva o casalzinho a não conseguir concretizar seu amor.

Renato e Alice se conhecem e se apaixonam em meio ao caos das ruas, com militares perseguindo os cidadãos que lutam contra a Ditadura. A paixão começou no final do primeiro capítulo, mas já ficou claro que a história dos dois não será fácil, já que ela é noiva e, ainda, filha de Arnaldo (Antonio Calloni), um empreiteiro poderoso e conservador, defensor ferrenho do governo. Já o mocinho começou a história batendo de frente com o vilão e, ainda, tem seu irmão envolvido num ataque aos negócios de Arnaldo.

E tudo isso em meio à efervescência dos anos 1970, com a censura vigente e o cenário cultural tentando resistir, o que sempre rende boas histórias. Neste contexto, os primeiros capítulos de Os Dias Eram Assim primaram pela excelente reprodução da época, pela direção segura de Carlos Araújo e pelo texto maduro das autoras que estreiam como titulares. Além disso, a trama  conta uma trilha sonora que traz o melhor da época mostrada. Desde já, uma das melhores trilhas já vistas.

Os Dias Eram Assim também reúne um elenco dos mais interessantes. Sophie Charlotte se destaca como uma mocinha interessante, que não é muito convencional. Antonio Calloni também se destaca como o principal vilão, um homem sem qualquer escrúpulo, e faz uma bela parceria com Natália do Vale, excelente como Kiki, uma típica dona de casa dos anos 1970, infeliz, mas resignada. Quem não disse ainda muito a que veio foi Renato Góes, como o mocinho Renato. O personagem é interessante, mas o ator parece ainda muito verde em cena.

Assim, para quem gosta de uma boa novela, Os Dias Eram Assim traz um folhetim da melhor qualidade. E para quem gosta das produções da faixa das 23 horas, com uma temática mais arrojada e abordagens mais adultas, Os Dias Eram Assim também traz. As expectativas são boas.

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André Santana

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4 Comentários

  1. Olá, tudo bem? Concordamos.. Uufffa!!!!Rs.... O texto é competente dentro da proposta apresentada. Direção, idem. Renato Góes precisa ainda mostrar a que veio....Abs, Fabio www.tvfabio.zip.net

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    1. De vez em quando a gente concorda, hahaha!

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  2. Esperava mais da temática. Está folhetim em excesso e o contexto político está quase desimportante.

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