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Eric Jacquin manda bem em "Pesadelo na Cozinha"

A direção da Band foi muito feliz na escolha de Henrique Fogaça, Paolla Carossela e Eric Jacquin como jurados do reality show MasterChef. Sem dúvidas, o trio tem muita responsabilidade no sucesso da versão nacional do programa, que é, atualmente, o único programa relevante da grade da emissora. Os chefs têm personalidade marcante, distintas entre si, mas que juntos têm química. Isso sem falar no carisma de cada um, que se tornaram bons personagens televisivos. Tanto que, recentemente, até viraram personagens de quadrinhos, participando da historinha “O Grande Concurso Mastercat”, publicada na revista Magali, de Mauricio de Sousa, de fevereiro de 2017. A história é divertidíssima!

E como o MasterChef é o único sucesso da Band atualmente, nada mais natural que ganhe cada vez mais espaço na grade de programação. Há dois anos, a emissora promove duas edições por ano do reality, cujos episódios ficam cada vez mais longos e numerosos, atravessando a madrugada de terça para quarta-feira do canal. E, no intuito de explorar ainda mais tal sucesso, seus jurados, agora, começam seus voos solo. Fogaça já protagoniza um reality na TV paga. Paolla também terá um novo programa, ainda em fase de formatação na Band. E Jacquin estreou a versão nacional de Nightmares Kitchen, aqui chamada de Pesadelo na Cozinha, há algumas semanas.

Se muito do sucesso do MasterChef se deve à performance do trio, o novo Pesadelo na Cozinha, exibido pela Band nas noites de quinta-feira, consegue ser um bom entretenimento em razão da presença de Eric Jacquin. O chef é uma figura peculiar, com um jeito bonachão e divertido, que ganha cores quase caricatas com seu forte sotaque francês, que até obriga a emissora a legendar suas falas. Na nova atração, Jacquin tem a missão de ajudar estabelecimentos gastronômicos à beira da falência. Sendo assim, neste contexto, Jacquin deixa um pouco a persona da figura que julga para assumir uma capa de “herói”. Mas faz isso sem perder a essência que o consagrou no MasterChef, imprimindo verdade em suas falas e atitudes. E é este o principal trunfo de Pesadelo na Cozinha.

O programa em si, embora seja um formato inédito na TV aberta brasileira, não apresenta lá grandes novidades. A ajuda de Jacquin nos restaurantes lembra muito a atuação de Cris Poli tentando resolver problemas de casais na criação dos filhos no Supernanny, ou Ana Canosa tentando salvar casamentos no extinto SOS Casamento, ambos do SBT. A tentativa de renovar o negócio dos participantes também tem um “que” dos quadros de reformas de casas, quartos e outros ambientes, que muito rechearam atrações como Cadeirão do Huck, Domingo Legal e Programa do Gugu, entre outros. Sendo assim, a grande atração é mesmo Jacquin, que analisa os problemas dos restaurantes e traz várias soluções para serem implementadas, além de ajudar a dar um “tapa” no visual do local.

E é justamente esta “mãozinha” de Jacquin que torna o Pesadelo na Cozinha divertido. O chef se coloca como alguém disposto a ajudar, mas não sem antes dar suas conhecidas “patadas” enquanto faz o seu diagnóstico. Quase sempre encontra participantes que não estão totalmente abertos às novas ideias, batendo de frente com Jacquin e fazendo o chef disparar suas “pérolas verborrágicas”. Ao mesmo tempo, Jacquin procura lidar com sensibilidade diante dos problemas pessoais dos donos dos restaurantes, pois quase sempre são eles mesmos que trazem os problemas do estabelecimento. Ou seja, Jacquin é aquele que “morde e assopra”, é duro no diagnóstico, mas sensível na solução dos problemas. E esta é a alma da versão brasileira de Pesadelo na Cozinha. Ou seja, a Band acertou em cheio ao apostar nesta aventura solo do chef.

Sendo assim, Pesadelo na Cozinha é um reality que diverte e entretém, além de trazer algumas (poucas) dicas de gerenciamento de negócios e gestão de pessoas. Pesa contra a atração seus momentos que parecem meio “forçados”. Na última quinta-feira, 09, por exemplo, Eric Jacquin queria ajudar o boteco Saia do Padre a se reerguer, e o chef constatou que a teimosia e falta de vontade do dono eram os principais problemas dali. O dono, claro, não concordou, e disparou um sem-número de conflitos com sua esposa, que ajuda na cozinha do lugar, com sua cozinheira, e até com o próprio Jacquin. O moço parecia realmente disposto a abrir mão de tudo e fechar o local, sem demonstrar qualquer intenção de colaborar e botar em prática as dicas do chef. Após um conflito mais sério, no qual ele deixa o boteco em pleno expediente, Jacquin tem uma conversa séria com ele. Mais tarde, ele volta, disposto a ajudar, e se transforma numa outra pessoa, mais compreensiva e proativa. Pareceu fácil demais convencê-lo.

Mas isso não chega a ser um problema em Pesadelo na Cozinha. O programa é muito bem-feito, com uma edição dinâmica, que faz com que o espectador nem perceba as quase duas horas de duração de cada episódio. Seu desenvolvimento se dá quase como numa dramaturgia, com a apresentação do problema, o apontamento das soluções, um clímax capaz de segurar a atenção da audiência (será que vai dar certo?), até chegar ao indefectível final feliz. E Eric Jacquin comanda tudo com muita maestria, abusando de seu jeito divertido e enérgico. Um bom programa para a Band, emissora cada vez mais carente de bons programas. Desta vez, acertaram.

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André Santana

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5 Comentários

  1. Olá, tudo bem? Eu adoro o Pesadelo Na Cozinha. Um acerto da Band. É um pesadelo com muito "tômpero" haha. Sobre o mais recente episódio: a Elaine aparece no Facebook como solteira.....E o Itamar deve ter aquele temperamento mesmo....Abs, Fabio www.tvfabio.zip.net

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    1. O filho dela vai ter que ser com outro ou orodicao idependente..o cara era chato e ria da mulher

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    2. Também acredito que o temperamento dele era este mesmo. Só achei muito fácil a "mudança" dele, que, pelo jeito, valeu mesmo só durante o programa. Era um casamento bem complicado, hein, se acabou mesmo dá pra entender o motivo, rs! Também gosto do programa! Abraços!

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  2. O caldeirão do Huck em 2008 teve um quadro similar chamado negócio fechado com o chef Alex Atala. https://globoplay.globo.com/v/851294/

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    1. Verdade, Ana, eu sabia que já tinha visto algo parecido em outro lugar, mas não me lembrava onde! É isso mesmo, no Caldeirão do Huck! Obrigado!

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