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Famosos não tão famosos assim são trunfo do BBB23

CLIPPING TV - por André Santana

Tadeu Schmdit no BBB23
Tadeu Schmdit no BBB23 (Paulo Belote/Globo)

O Big Brother Brasil resolveu um problema quando decidiu apostar em Camarotes x Pipocas na fórmula da atração. Mesclando famosos e anônimos, o reality show ganhou uma necessária sacudida, que reverteu a tendência de queda da atração. Deu certo, o público embarcou e o programa realmente ganhou um up.

Mas, depois de três anos apostando em “famosos”, o BBB acabou por criar uma armadilha para si mesmo. Sobretudo após o “cancelamento” de nomes como Karol Conka e Projota, os nomes conhecidos passaram a temer o reality, afinal, um passo em falso poderia causar danos irreversíveis numa carreira consolidada. Assim, os “camarotes” ficaram mais zelosos, vide Tiago Abravanel no BBB22, sempre temeroso acerca de sua imagem. O temor foi tanto que o ator desistiu da atração para não ter que enfrentar um paredão.

A Globo, então, se viu numa encruzilhada. Se tirar o Camarote da fórmula, o público vai chiar. Mas, se não tirar, corre-se o risco de uma temporada chata, como a do ano passado. Assim, a direção do programa encontrou um bom meio-termo. Tratou de rechear o Camarote de famosos não tão famosos assim.

Além disso, boa parte dos Pipocas também não são tão anônimos assim, já que grande parte deles têm seus muitos seguidores nas redes sociais. Ou seja, na prática, o BBB23 “nivelou” os participantes, mas sem perder o “plot” de Camarotes x Pipocas. Foi uma boa saída, e a primeira semana, cheia de acontecimentos, mostra que a novidade pode ser promissora.

De novo

Já se sabia que o sucesso de Pantanal (2022) tinha empolgado a Globo, e que novos remakes poderiam surgir em breve no canal. Eis que eles chegaram! O canal programou nada menos que duas novas novelas que são versões de tramas já consagradas. Elas por Elas (1982) terá um remake na faixa das seis, enquanto Renascer (1993) ganhará uma nova versão no horário nobre.

Medo

Provavelmente, a Globo está receosa de apostar em tramas inéditas, já que as últimas apostas decepcionaram. No horário nobre, após A Dona do Pedaço (2019), a emissora não emplacou mais nenhuma trama inédita. Amor de Mãe (2019) foi considerada morna, enquanto Um Lugar ao Sol (2021) e Travessia se revelaram grandes fiascos. Apenas o remake de Pantanal fez a Globo sorrir…

No lixo

Com isso, o canal simplesmente jogou no lixo a sinopse de uma trama contemporânea inédita de Alessandro Marson e Thereza Falcão, encomendando à dupla o remake de Elas por Elas. A princípio, Marson e Falcão só voltariam ao horário das seis após os próximos projetos de Lícia Manzo, Thelma Guedes e Alessandra Poggi. Mas, com o remake de Elas por Elas, os autores “furaram a fila”, e a nova versão do clássico de Cassiano Gabus Mendes será a substituta de Amor Perfeito, sucessora de Mar do Sertão.

Problema resolvido

Marcos Palmeira e Antonio Fagundes em Renascer
Marcos Palmeira e Antonio Fagundes em Renascer (acervo Globo)

Já às nove, além de apostar numa trama praticamente à prova de erros, a direção da Globo também resolve, momentaneamente, o problema da falta de autores. Sem poder contar com os principais nomes do horário, a Globo simplesmente não tinha alguém para assinar a sucessora da novela de Walcyr Carrasco (que deve ter seu nome oficializado para Terra Bruta). Com isso, Renascer, mais um remake de Benedito Ruy Barbosa, assinado por Bruno Luperi, será providencial.

Repetecos em alta

Enquanto a Globo aposta em remakes, a Record vai de reprises mesmo. Sem ter o que colocar no ar no horário nobre, a emissora segue na estratégia (?) de recorrer ao seu acervo num looping eterno. Neste contexto, a boa Vidas em Jogo (2011), de Cristianne Fridman, volta ao ar para substituir a reprise de Amor sem Igual na faixa das 22h. Assim, o canal segue com sua trinca de reprises no horário nobre, formada também por Jesus e A Lei e o Crime.

Fim da novela

Falando em Record, a emissora finalmente renovou o contrato de Rodrigo Faro. Segundo consta, as partes chegaram a um meio-termo quanto à redução salarial do apresentador. Passada a crise, agora emissora e artista precisam se concentrar em renovar o Hora do Faro, um programa cada vez mais chato e com audiência em queda livre.

Recauchutagem

Quem também precisa de uma reforma é a RedeTV, que vive a pior crise de audiência de sua história e chega a figurar até em sétimo lugar no Ibope, atrás de canais nanicos como a TV Brasil. Para reverter o cenário feio, o canal promete uma reforma completa na programação. E, segundo Flavio Ricco, do R7, até o nome do canal pode ser trocado, para sinalizar que será, de fato, uma nova emissora. Será?

Chute na imagem

A verdade é que a imagem da RedeTV sempre foi chamuscada, em razão da pegada popularesca que o canal adotou logo no início de suas atividades. E a coisa piorou um pouco quando a estação abraçou o bolsonarismo e deixou a programação de lado. Ciente de que precisa recuperar a credibilidade, o canal já afastou os bolsonaristas radicais e prometeu novos programas para breve. Neste contexto, uma mudança de nome até seria bem-vinda, já que RedeTV, além de não significar nada, ainda carrega na marca o ranço de uma programação chula e de mau gosto. Um reinício, portanto, parece uma boa ideia.

CLIPPING TV é a coluna semana do TELE-VISÃO que promove um sobrevoo sobre as notícias da semana na TV. Até a próxima!

André Santana

21/01/2023

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1 Comentários

  1. BBB na minha visão já começou a entrar em ''velocidade de cruzeiro'' , e dificilmente sairá dele , pois sofre demais com esse ''extremismo'' vindo dos fãs mais fervorosos e do cancelamento por qualquer coisa, o que gera um programa morno, diferente da Fazenda ,que para esse novo ano deve apostar em algo mais light, os excessos beirando a violência deixavam o programa sufocante de assistir , como já disse, ambos precisam achar o equilíbrio.Em relação as novelas da globo,ficou claro que o público que realmente acompanha quer ver novelas clássicas, mesmo que em nova roupagem, visto que novelas novas e modernas tem repetido fiasco atrás de fiasco, a Globo parece que entendeu o que o público dela quer, novela clássica e sem muita mudança,tanto que o seu maior sucesso nos últimos tempos foi um remake de uma novela dos anos 90,o público que busca o estilo do material novo está no streaming e na internet,para a TV tem que ser algo mais clássico.E a Record meio que entrou num limbo , pois não tem muito para onde correr,pois nem seu filão de mais sucesso ,que são as tramas bíblicas (muitas delas ótimas por sinal,outras mais cansativas), estão tendo o mesmo sucesso de antes, e agora meio que se obriga a ficar repetindo suas poucas novelas relevantes (Escrava Isaura,Vidas em Jogo, Chamas da Vida,etc.). Não duvido daqui a pouco ela recorrer a sua fase obscura dos anos 90 e primeira metade dos anos 2000, e suas novelas beem fracas.O Faro no caso, precisa urgente de uma reformulação no programa, pq ele está basicamente num ostracismo, dependendo basicamente de suas danças (que muito sobrevivem por terem virado meme na internet) e se escorando na Fazenda na metade final do ano.

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