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Band e Record ampliam espaço do jornalismo na programação

"Não vá pra cama sem mim!"

Nesta semana, a TV aberta viu crescer consideravelmente as horas dedicadas ao jornalismo em duas das principais redes do Brasil. Band e Record incrementaram suas respectivas programações jornalísticas com os lançamentos de Band Notícias e JR 24 Horas. Em comum, os dois canais vivem uma fase caracterizada pela dificuldade em emplacar novos programas de entretenimento. Sendo assim, preferem apostar em informação.

Band Notícias é o novo noticiário da Band, que estreou na última segunda-feira, 09, às 22h, com a ingrata missão de suceder o Show da Fé e elevar os índices de audiência para a linha de shows. Apresentado por Rafael Colombo e Cynthia Martins, a novidade é um jornal tradicional, com um apanhado dos fatos do dia. Seu diferencial é a participação de comentaristas, que ajudam a interpretar a notícia. No entanto, trata-se de uma participação restrita. O resumo dos acontecimentos do dia é a tônica do jornal.

Com a estreia do Band Notícias, a emissora sinaliza que vem modificando os rumos de sua estratégia de programação. A Band promoveu uma série de estreias fracassadas no campo do entretenimento no ano passado. Agora, o canal foca seus esforços em sua vocação natural: o jornalismo. Deste modo, há um visível investimento em notícias, visto na reformulação da grade matinal e, agora, na faixa das 22 horas. A emissora acerta ao investir no segmento que sempre teve tradição. Brasil Urgente e Jornal da Band não são as maiores audiências da emissora por acaso.

E não é de hoje que o canal tateia em busca de alguma solução para o problema chamado Show da Fé. O horário da igreja é fundamental para equilibrar as finanças da estação, mas prejudica consideravelmente os programas exibidos na linha de shows da Band. Nos últimos anos, a emissora tentou de tudo para tentar uma transição mais suave entre a igreja e seus programas, como as diferentes versões do VídeoNews, Zoo (lembra?), Os Simpsons... Há pouco tempo, a Band chegou até a tentar “colar” o Show da Fé nos shows, mas o resultado foi desastroso. Assim, um jornal parece uma aposta mais interessante. Se vai dar certo, só o tempo dirá. Mas trata-se de uma aposta válida.

Enquanto isso, a Record, que já tem muitas horas de jornalismo diário ao vivo, ampliou ainda mais o espaço para informação. Trata-se do primeiro grande projeto de Antonio Guerreiro, atual vice-presidente de jornalismo do canal, que resolveu levar a grife do Jornal da Record para diferentes horários da programação. Assim, reformulou o tradicional Jornal da Record das 21h30, e lançou quatro boletins diários, o JR 24h, exibido às 11h40, 16h45, 17h45 e 0h30, com apresentação de Janine Borba e Sergio Aguiar.

Os novos boletins chamam a atenção pela boa iniciativa de apostar em jornalismo ao vivo. De curta duração, os noticiosos contam com poucas matérias gravadas e muitas entradas ao vivo de repórteres, que trazem informação em tempo real. O maior acerto é a edição da 0h30, no qual Sergio Aguiar, excelente âncora, conversa também com comentaristas. Mesmo curto, o jornal consegue ser minimamente analítico. Assim, o boletim da madrugada do JR 24h cumpre o papel de encerrar a programação da emissora com informação, incrementando o fim de noite do canal, dedicado aos enlatados desde o fim do Programa do Porchat. Uma boa novidade, que até merecia um tempo maior no ar.

André Santana

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9 Comentários

  1. Olá, tudo bem? Eu discordo da decisão do Guerreiro em encher a programação da Record com esses boletins. A grade já conta com muito jornalismo. É uma overdose..... Abs, Fabio www.blogfabiotv.blogspot.com.br

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    1. E a maior tradicao desses canais ...noemtrtebonento eo formato conpraso ou choro. .Pôr que ninguém pensa nu Na revista eletrônica?

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    2. Oi Fabio! Pois é, também achei estranha essa ideia. Pra mim não faz muito sentido os boletins do JR, já que a Record já tem trocentos noticiosos ao vivo, que ocupam horas e horas da grade. O que eu gostei mesmo foi da edição da 0h30, que tem uma abordagem interessante dos assuntos do dia. A emissora devia centrar seus esforços apenas nesta edição. Gosto do Sergio Aguiar também, acho que foi uma boa aquisição. Abraço, Fabio e Miguel!

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  2. Coincidentemente duas emissoras que apoiam o atual governo (na verdade apoiaram todos, sempre foram coniventes), colocam mais jornalismo, ainda que, as duas, dão ainda maior destaque ao sensacionalismo nos seus programas da tarde/noite.

    E o projeto de "renovação" da Record News, que dizem que pode virar um canal quase que "juvenil", com notícias ao estilo da internet? E a Band News que basicamente é um canal com alguém sentado lendo notícias repetidas o dia todo? Então não adianta apenas ter o jornal, o que é citado pode ser mais bem colocado e buscado.

    E a Record quase sempre emulando algo da Globo; até a marca do JR lembra alguma antiga do JN...

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    1. Alexandre, pois é! Mas nem vou me ater à política, e sim em termos de estratégia da grade. Neste ponto de vista, gosto principalmente das investidas da Band. Porque o canal já mostrou não ter muita vocação para variedades. Jornalismo, então, é um rumo interessante.

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  3. Investimento em jornalismo de boa qualidade é sempre louvável. Os boletins são interessantes justamente pela agilidade e pela entrada dos repórteres, diferente do G1 em um Minuto, que só dá notas. Apesar de ser o melhor, o JR da madrugada entra depois da série americana, não seria um erro de estratégia? Podiam cancelar a série e aumentar o tempo do jornal, que entraria no ar logo após o programa da linha de shows. E a Record bem que poderia diminuir o tempo de arte dos horríveis Balanço Geral e Cidade Alerta.

    Por mais interessante que seja a ideia do Band Notícias, entrar após a igreja será sempre o erro da Band. Talvez cresça em audiência quando fizer sala pra próxima temporada do MasterChef.

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    1. Mister Ed, bem colocado! Não entendi nada a Record encerrar A Fazenda e entregar pro MacGiver (?). Isso ajuda a afundar o jornal. Nada a ver.

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  4. Já tivemos várias fazer na TV
    Infantis, programas femininos ,baixaria ,reality shows
    Tomara que venha a fase de bons telejornais na TV, rede Globo ,band e Record esfao se esforçando e trazendo boas novidades
    Creio que jornalismo é um caminho de vida longa na atual fase da TV, pois os serviços on demand não oferecem jornalismo

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    1. Sem dúvidas, Caio! Jornalismo ao vivo é o que vai manter a relevância da TV aberta.

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