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"Bela, a Feia" repete sucesso nas tardes da Record

"Tô bonitããn?"
Mais uma vez, o Fofocalizando, do SBT, está a um passo do cadafalso. O próprio Leo Dias confirmou, em entrevista à Jovem Pan, que a atração pode estar com os dias contados. Em sua coluna no UOL, o jornalista Flavio Ricco noticiou que Silvio Santos deu um ultimato ao vespertino: ou sobe a audiência, ou sai do ar. E a crise tem nome e sobrenome (ou melhor, um título): Bela, a Feia. A reprise da novela, exibida pela Record, tem colocado o programa de fofocas do SBT cada vez mais distante no retrovisor.

Sem dúvidas, o repeteco da novela foi um dos maiores acertos da emissora desde que foram criadas as duas faixas de reprises vespertinas. A Record foi bastante feliz ao escolher Bela, a Feia para ocupar um destes horários. A adaptação de Gisele Joras de Betty, a Feia, um clássico de Fernando Gaitán, tem feito bonito. E este bom resultado mostrou que a história da secretária pouco atraente, mas muito eficiente, tem uma força que ultrapassa barreiras sociais e territoriais.

Bela, a Feia foi exibida originalmente em 2009. Na época, a Record mantinha um acordo com a Televisa para a produção de adaptações de novelas mexicanas. E a Televisa, por sua vez, tinha os direitos do texto de Betty, a Feia, uma novela originalmente colombiana. O grupo mexicano já havia produzido sua versão da história, A Feia Mais Bela, que também fez muito sucesso (por aqui, foi exibida pelo SBT duas vezes, com resultados satisfatórios). E vários outros países já tinham sua própria versão da história. Assim, havia chegado a vez do Brasil de ter sua própria feia.

Deste modo, a autora Gisele Joras foi escalada para a função de adaptar o enredo. E a novelista, que vinha do inesperado sucesso de Amor e Intrigas, conseguiu construir uma nova história. A autora bebeu não apenas do original, mas também das mais diversas adaptações da trama, além de injetar sua impressão digital ao enredo. Assim, ela manteve a espinha dorsal com o romance entre Bela (Gisele Itié) e Rodrigo (Bruno Ferrari). Porém, muito do universo de Bela, a Feia lembra a versão estadunidense, Ugly Betty, sobretudo na figura da vilã. Verônica (Simone Spoladore) lembra demais Wilhelmina Slater (Vanessa Williams), a deliciosa vilã da série americana.

Além de elementos de Betty, a Feia original e da série Ugly Betty, Bela, a Feia também carrega semelhanças com A Feia Mais Bela no que se refere ao tom non sense do humor. Mas a novela também tinha um jeitão próprio, bem alinhado com as novelas que a Record produzia na época. Um exemplo claro disso é a trama envolvendo Ataulfo (André Mattos), que deu contornos policiais ao enredo. Na época, a emissora se caracterizava pelas tramas policiais.

Com isso, apesar das inúmeras referências, Gisele Joras conseguiu dar identidade própria à sua Bela, a Feia. Por conta disso, mesmo o público brasileiro já tendo visto Betty, a Feia duas vezes na RedeTV, e ainda A Feia Mais Bela e Ugly Betty, exibidas no SBT, a trama conseguiu chamar a atenção. Teve uma estreia tímida, mas foi crescendo e terminou sendo considerada um sucesso.

O fato de praticamente todas as versões desta história terem feito sucesso no Brasil é realmente algo que chama a atenção. Isso mostra o quanto o enredo criado por Fernando Gaitán é poderoso. O novelista colombiano conseguiu criar uma personagem pura, que traduz em seus gestos e atitudes a insegurança que todos nós temos ou tivemos. Ou seja, Betty (ou Bela… ou Lety…) gera imediata identificação e empatia.

Isso explica porque, dez anos depois de sua exibição, Bela, a Feia ainda agrada. Assim como qualquer reprise de Betty, a Feia, A Feia Mais Bela ou Ugly Betty sempre será bem recebida pelo público. Trata-se de uma história universal e irresistível.

JUSTIFICATIVA DE AUSÊNCIA: Queridos, desculpem o sumiço neste final de semana. Viajei para poder prestigiar o casamento de minha amiga e colega de trabalho Camila. Passada a ótima festa e os desejos de felicidades eternas ao casal, volto ao batente. Por isso, o TELE-VISÃO terá atualizações também amanhã, 03, e quinta-feira, 04, para compensar a ausência. Agradeço a compreensão. E vivam os noivos!

André Santana

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1 Comentários

  1. Essa novela é um clássico ,boa opção nas tardes ainda mais vindo da Record que gosta de uma tragédia e policialesco
    Inclusive está ganhando do focalizando na audiência que é um programa horrível, apresentadores desesperados

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