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"Pensando aqui numas ideias..." |
A direção de
teledramaturgia da Globo, capitaneada por Silvio de Abreu, já tem a fila das
próximas produções para o horário das nove. Haverá uma série de estreias na
faixa, com as novelas de Manuela Dias, Lícia Manzo e Alessandra Poggi, que
atualmente estão escaladas para entrarem (nesta ordem... ou não) na sequência
de A Dona do Pedaço. Depois das
“novatas”, João Emanuel Carneiro aparece na lista. Gloria Perez pode vir em
seguida.
Trata-se, sem
dúvidas, da maior renovação de autores do horário dos últimos tempos. O que é
bem saudável, já que traz novidades para a faixa nobre. Porém, para os
espectadores fanáticos, fica também a “saudade” de seu autor favorito. Nomes
como Gilberto Braga, Manoel Carlos e companhia, que declararam estar dispostos
a assinar apenas histórias mais curtas, têm seus fãs. Neste contexto, a notícia
dada por Patrícia Kogut, colunista de O Globo, é digna de comemoração.
Segundo Kogut, a
ideia da Globo, agora, é voltar a apostar em histórias mais curtas às seis (que
já teve suas experiências com Estrela
Guia, Meu Pedacinho de Chão e Sete
Vidas). E que estão na mira para assinarem estas produções justamente os
autores mais tarimbados da emissora, que não estão mais dispostos a encarar a
pauleira de uma novela grande na faixa das nove. A jornalista noticiou que a
emissora solicitou a autores importantes, como Gilberto Braga, para
apresentarem sinopses de histórias curtas para o horário.
Desde que a Globo
abriu a “novela das onze”, depois chamada de “supersérie”, autores veteranos
viram o espaço com bons olhos. E justamente Gilberto Braga e Manoel Carlos
demonstraram interesse em desenvolver histórias para a faixa, seduzidos com o
formato mais curto e exibido em horário avançado, onde temas mais ousados são
permitidos. No entanto, sabe-se lá por que, nenhum autor da velha guarda
conseguiu emplacar histórias no horário, que ficou nas mãos de nomes como
Alcides Nogueira, Mário Teixeira, Ricardo Linhares e Walcyr Carrasco
(experientes, mas de outra geração), e de autores “novos”, como George Moura,
Sergio Goldenberg, Angela Chaves e Alessandra Poggi. Para piorar, a
“supersérie” perdeu espaço na programação. 2019 não contou com a produção, mas
há projetos para 2020.
Se os veteranos
“aposentados” do horário das 21h não puderam se aventurar às 23h, poderão,
então, trazer algum frescor ao horário das 18h, atualmente a faixa que traz
produções mais variadas. Em sua nota sobre a novidade, Patrícia Kogut falou
apenas de Gilberto Braga, mas o blog torce também pela volta de Manoel Carlos
(creio que ficou claro, já que o novelista foi citado trocentas vezes neste
texto). Ambos ótimos autores, que não desejam mais voltar ao horário nobre, e
que, de quebra, têm experiência às seis. Novelas curtas assinadas por grifes
têm tudo para fazer com que o horário das seis continue surpreendendo. Uma
ótima ideia, e já estamos ansiosos!
André Santana