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Com fracasso de "A Infância de Romeu e Julieta", SBT pode voltar às origens

Miguel Ângelo (Romeu) e Vittória Seixas (Julieta) em A Infância de Romeu e Julieta
Miguel Ângelo (Romeu) e Vittória Seixas (Julieta) em A Infância de Romeu e Julieta
(divulgação/SBT)

Quando passou a apostar em novelas infantis, a partir de Carrossel (2012), o SBT seguiu uma estratégia conservadora: refazer textos já testados e aprovados em sua própria programação. Afinal, não se tratava de uma história inédita: nos anos 1990, a emissora exibiu e reexibiu a versão mexicana do folhetim e obteve altos índices de audiência.

Como a versão brasuca dos alunos da Escola Mundial deu certo, vieram outras versões de tramas já conhecidas do público brasileiro: Chiquititas (2013), Cúmplices de um Resgate (2015) e Carinha de Anjo (2016). Na sequência, veio a primeira “ousadia”: adaptar o livro Pollyanna na “inédita” As Aventuras de Poliana (2018). Deu certo.

Mas a coisa começou a degringolar com Poliana Moça (2022). A continuação de As Aventuras de Poliana se dizia inspirada em outro livro, Pollyanna Moça, mas, na prática, não tinha nada a ver com a história escrita por Eleanor H. Porter. Iris Abravanel e sua equipe criaram uma trama 100% original ao mesclar a adolescência da protagonista vivida por Sophia Valverde com uma versão modernosa de Pinóquio.

A aposta se revelou um erro. Poliana Moça nem de longe repetiu o sucesso de sua “primeira temporada”. Mas, ainda assim, Iris Abravanel e sua equipe tentaram “ousar” de novo com A Infância de Romeu e Julieta. A inspiração-base é a história de Shakespeare, mas, na verdade, os roteiristas criaram uma trama original. E, assim como aconteceu com Poliana Moça, não deu certo.

Daniela Lujan e Martin em O Diário de Daniela
Daniela Lujan e Martin em O Diário de Daniela (divulgação)

Tal histórico faz a gente chegar a uma conclusão: Iris Abravanel e sua equipe não são bons em criar tramas. Eles foram mais bem-sucedidos ao adaptar histórias já conhecidas. O sucesso de As Aventuras de Poliana foi um ponto fora da curva, já que o êxito não se repetiu nas tramas anteriores.

Talvez por isso, o canal ensaia uma “volta às origens”. De acordo com Flavio Ricco, colunista do R7, a emissora ainda não divulga qual será a novela que substituirá Romeu e Julieta, mas a mais cotada seria O Diário de Daniela, cuja versão mexicana foi exibida em 2000 por aqui com bastante sucesso. Ou seja, Iris Abravanel deve voltar a adaptar novelas mexicanas, cujas histórias já foram testadas e aprovadas. Sem dúvidas, é uma aposta mais segura, tudo o que o SBT precisa neste momento crítico.



André Santana

30/10/2023

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