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Família É Tudo tem grande desafio pela frente

Arlete Salles e Raphael Logan em Família É Tudo
Arlete Salles e Raphael Logan em Família É Tudo (reprodução)

Nova novela das sete da Globo, Família É Tudo teve uma primeira semana simpática. Mas, ao que tudo indica, isso não quer dizer nada. Fuzuê também estreou de maneira simpática, mas sua trama se revelou pouco consistente. 

Assim, a nova novela de Daniel Ortiz estreia com este grande desafio: apagar a má impressão de Fuzuê. A trama de Gustavo Reiz entrou em cena com uma proposta “farofa”, uma comédia nonsense descolada da realidade. Mas, como não deu certo, se transformou num thriller pouco empolgante. Família É Tudo, ao menos, estreou com ingredientes mais diversos, o que lhe dá vários caminhos para seguir.

Ortiz também é adepto de uma boa farofa, vide Salve-se Quem Puder (2020) e Haja Coração (2016). No entanto, a obra do autor também é caracterizada pela comédia romântica, com muitos triângulos amorosos, e também pela aventura. E, com Família É Tudo, o autor também firma uma nova identidade ao mostrar que adora uma catástrofe para iniciar um enredo.

Afinal, Salve-se Quem Puder começava com um furacão. Agora, Família É Tudo entrou em cena com uma tempestade em alto mar. A trama de 2020, mesmo interrompida pela pandemia, converteu-se num grande sucesso. Será que isso se repetirá agora?

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Semana morna

Apesar da tempestade em alto mar, que rendeu boas sequências, no geral Família É Tudo teve uma primeira semana morna. Como são cinco os protagonistas - Vênus (Nathalia Dill), Júpiter (Thiago Martins), Andrômeda (Ramille), Plutão (Isacque Lopes) e Electra (Juliana Paiva) -, a trama girou muito em torno da apresentação dos cinco tipos.

Os grandes destaques foram Vênus, ótima mocinha vivida por uma carismática Nathalia Dill, e Electra, a típica injustiçada também bem construída por Juliana Paiva. Já Andrômeda é o tipo cômico mais interessante e Ramille se mostrou uma grata surpresa.. Júpiter e Plutão, até aqui, são os pontos mais fracos. Júpiter é o canastrão exagerado, enquanto Plutão é o típico riquinho que não gosta de ser rico. Chatinhos.

Além dos cinco jovens, Família É Tudo também traz como protagonista Arlete Salles em papel-duplo. Sua Frida, que lembra muito a Copélia do Toma Lá Dá Cá, arrancou boas risadas. Já Catarina estreou meio sóbria, e ainda é cedo para tirar maiores conclusões. Como a “gêmea má” terá mais tempo em cena que a “gêmea boa”, que já sumiu após a tempestade no cruzeiro, é provável que tenhamos mais tempo para conhecê-la nos próximos capítulos. Por enquanto, o que dá pra afirmar é que a veterana soube diferenciá-las com maestria.

Raphael Logan como o vilão Hans também foi uma boa surpresa. O ator é bom, e o fato de ele ser um rosto pouco conhecido ajuda a acreditar no personagem. 

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Mistura

O mote inicial de Família É Tudo é interessante: cinco irmãos de mães diferentes que precisam superar as diferenças para cumprir o testamento da avó. A reunião de jovens tão diferentes em uma missão em comum rende muitas possibilidades.

Além disso, Família É Tudo mostrou um arsenal amplo. Há o romance de Vênus, o mistério de Electra, a comédia de Andrômeda… A trama também tem momentos de aventura, muitos segredos e até uma homenagem às tramas latinas por meio de Lupita (Daphne Bozaski), uma espécie de “Betty, a Feia”. O tema da personagem cantado por Thalía já denuncia o que vem por aí.

Ou seja, a trama é uma típica novela das sete, feita para um público que Daniel Ortiz conhece bem. A novela ainda não se mostrou por inteiro, mas a premissa é boa e pode render. Aguardemos os próximos capítulos.

André Santana

09/03/2024

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1 Comentários

  1. Olá, tudo bem? Fuzuê estreou com má perspectiva, o que, de fato, aconteceu. Gosto do Daniel Ortiz. O autor compreende o estilo da faixa horária. Comentarei no meu blog. Abs, Fabio http://www.blogfabiotv.blogspot.com.br

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