Como já era de se esperar, a enésima reprise de Carrossel na faixa das 18h30 do SBT não
disse a que veio. A trama não conseguiu reverter a tendência de queda das Novelas da Tarde da emissora. Por isso, Carrossel já está sendo devidamente
editada para sair do ar o mais rápido possível. Até aí, nenhuma novidade no
reino de Silvio Santos.
Porém, enquanto muitos fãs aguardavam o lançamento de uma
novela mexicana inédita, Silvio Santos atacará com mais uma de suas “armas
secretas” (que, normalmente, têm cheiro de fiasco). Não, ainda não será mais um
retorno do Aqui Agora (ou similar) e
nem a volta triunfal de Chaves. Desta
vez, o dono do SBT apostará em Rosa dos
Milagres, uma série mexicana.
Rosa dos Milagres (ou La Rosa de Guadalupe, no original) é uma série que traz um episódio
diferente a cada dia. A trama de cada episódio sempre gira em torno da fé
diante de Nossa Senhora de Guadalupe. Ou seja, trata-se de uma série sobre fé,
bastante calcada na religião católica.
Rosa dos Milagres é uma série de sucesso na TV
mexicana, tanto que está no ar há mais de dez anos. Entretanto, ela é alvo de
muitas críticas, por conta do exagero na abordagem da fé, bem como pelas
atuações pobres de atores em início de carreira que estrelam os episódios.
Assim, mal comparando, Rosa dos Milagres
seria uma espécie de “versão católica” de Casos
da Vida Real, outro programa importado do México que Silvio Santos tentou
emplacar em 2004. Obviamente, não deu certo. Hoje, a série é lembrada mesmo por
ter marcado a estreia de Silvia Abravanel como apresentadora do SBT. Em
performance sofrível, diga-se.
Apesar de ter tradição na exibição de novelas mexicanas, o
SBT raramente consegue emplacar um outro formato importado do México que não
seja folhetim. Não só do México, mas também de qualquer outro país da América
Latina. Ou alguém aí já se esqueceu do inacreditável Caso Encerrado? É uma pena que Silvio Santos prefira continuar
brincando de tentativa e erro, em vez de voltar a oferecer uma novela mexicana
original, algo muito almejado pelo espectador da emissora.
André Santana
No horário de carrossel devia ser uma novela inédita mexicana
ResponderExcluirTambém acho!
ExcluirSe der errado volta o chaves e bem rápido nao entendo - das obessesao em reprisar carrosel..já sei ao e legal pra ver o crescimento das criancas
ResponderExcluirSei não... faz tempo que o Chaves não dá as caras na faixa das 18h. Vamos ver,
ExcluirAs novelas mexicanas podiam ser rifadas do Brasil pra sempre. Lixo televisivo mal produzido.
ResponderExcluirDiscordo. Elas têm seu público no Brasil.
ExcluirA pergunta que fica é: Existe necessidade de se reprisar tantas novelas (mexicanas e brasileiras) no SBT? Reprise na parte da tarde e da noite....Deveriam racionalizar isso, talvez com uma reprise mexicana e pronto; nas novelas brasileiras passam a impressão que estão exibindo sempre a mesma trama...
ResponderExcluirO SBT é uma eterna reprise. A emissora prefere reprisar conteúdo, que dá audiência sem investimento, do que trazer algo novo. Jeito Silvio Santos de administrar.
ExcluirO SBT é mesmo um caso perdido em matéria de programação de TV. Lembrando que Silvio Santos já cometeu os mesmíssimos erros crassos no passado, quando por exemplo em 1996 estreou três novelas simultaneamente, com a intenção de criar três horários de novelas a exemplo da então rival. Isso sem falar na novela A Pantera que ficou um tempão na geladeira e, quando tudo estava certo, abortaram o projeto sme mais nem menos - fala-se que por conta dos custos, elevados para os padrões do SBT. E por aí vai a lista de micos... Voltando às novelas mexicanas: não vamos negar que a dramaturgia mexicana fez história na tela do SBT e este que vos escreve é testemunha desse estrondo, principalmente com a trilogia das Marias. O que aconteceu para estar no que está atualmente é que o SBT passou a depender muito das reprises, sejam nacionais ou mexicanas, logo o público está ficando enfadado e não tem outra opção senão migrar para o canal concorrente. Por que não voltar com o clássico Cinema em Casa? Além de recuperar audiência, é uma estratégia para fazer o telespectador assistir filmes na TV aberta. Ou apostar em séries enlatadas, como foi feito nos sábados entre 2001 e 2006. Sobre formatos vindos do México que não novela, a CNT em seu período de ouro foi feliz nesse nicho, quando exibiu os programas El Show de Cristina e Lente Loco em meados dos anos 90, que no entanto tiveram vida curta por causa da greve dos dubladores. O SBT pode inovar, sim, em suas tardes, mas enquanto ficar na acomodação e brincar de fazer TV vai ser o bobo da corte entre as redes #tenhodito
ResponderExcluirLembro bem desta fase Televisa da CNT, João! Achava estranhíssimo os programas de auditório dublados, rs! Sobre o Cinema em Casa, eu me lembro que, no último retorno da sessão, a audiência foi boa. Mas o SBT optou por encerrá-la porque, na época, dizia-se que as novelas tinham um maior retorno comercial que os filmes.
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