
- Novelas
Não dá para destacar
uma. No geral, 2018 foi marcado por novelas fracas. Boa parte delas até começou
bem, mas logo perdeu fôlego, como Segundo Sol, O Tempo Não Para e Espelho
da Vida, da Globo, e As Aventuras de Poliana, do SBT. Ainda na
Globo, Malhação – Vidas Brasileiras, foi outra grande decepção. Na
Record, o ano começou com o fiasco Apocalipse e termina com Jesus,
que ficou aquém do esperado. Apenas Orgulho e Paixão, a trama das seis
da Globo, pode ser considerada uma exceção, já que foi uma novela simpática e
divertida.
- “Vídeo Show”
Mais uma vez, o
vespertino da Globo surge como destaque negativo do ano em razão da série de
mudanças infundadas da qual a atração é vítima. Neste ano, o que já estava ruim
ficou pior. Otaviano Costa deixou o programa, e Sophia Abrahão ganhou a
companhia de Fernanda Keulla e Vivian Amorim, além de Ana Clara. Mas as ex-BBB's,
apesar de simpáticas e boas de TP, não deram conta do programa ao vivo. Além
disso, as pautas do programa seguiram preguiçosas. Deu tudo tão errado que
Fernanda e Vivian já deixaram o vespertino, que ganhou Joaquim Lopes de volta.
Mas continua tudo muito ruim.
- “Superpoderosas”
Num ano atípico, a
Band tratou de reformular sua programação e apostar numa série de estreias. Uma
delas foi o matinal Superpoderosas, um programa feminino com a boa
proposta de ser voltado à mulher contemporânea. Natália Leite mandou muito bem
na apresentação, mas o assunto extremamente segmentado afugentou o público,
afinal, a audiência da TV aberta é diversa. Saiu do ar depois de pouco tempo.
- “Agora É com
Datena”
Ou Agora É Domingo,
ou Brasil da Gente. O programa que mais teve títulos num único ano foi
marcado por vários tropeços. Primeiro, a Band errou ao fazer do dominical de
José Luiz Datena um programa com seis horas de duração e pouquíssimo conteúdo
para preencher tanto tempo. O programa já estreou cansativo. Depois, se perdeu
na indecisão de Datena, que saiu para concorrer ao Senado, mas voltou pouco
tempo depois. Nesta saída, o programa se tornou dois: Brasil da Gente,
com Netinho de Paula, e Agora É Domingo, com Joel Datena. Mas Datenão
voltou, o programa ficou só Agora É Domingo, foi reduzido para “apenas”
quatro horas, mas ainda não se encontrou.
- “Tricotando”
Mais uma vez, a
RedeTV lançou um novo programa na faixa das 18 horas na tentativa de alavancar
o RedeTV News. E apostou no que sabe fazer de melhor (ou não): fofocas.
Mas o Tricotando se mostrou um prato requentado, com notícias velhas e
pouco convidativas. Uma pena, já que a dupla de apresentadores funciona bem.
Lígia Mendes e Franklin David são simpáticos. Mas falta conteúdo.
- “Fala Zuca”
No início do ano, a
RedeTV desmembrou o Melhor pra Você e lançou dois novos matinais: Edu
Guedes e Você e Fala Zuca. E “desmembrou”, neste caso, não é força
de expressão, já que a emissora tratou de instalar um muro dividindo o cenário
do extinto matinal para realizar seus dois “novos” programas. Nesta divisão, Fala
Zuca levou a pior: Celso Zucatelli tinha a proposta de falar sobre tudo,
mas em apenas meia hora e fazendo muito merchandising. Resultado: o programa
não tinha conteúdo nenhum e teve vida curtíssima.
- Mara Maravilha
A ex-apresentadora
infantil do SBT conseguiu a proeza de ser convidada a se retirar de dois
programas em 2018. Titular do Fofocalizando desde que o programa ainda
era Fofocando, em 2016,
a artista se viu em meio a brigas e discussões com
vários de seus companheiros de programa, principalmente Léo Dias e Lívia
Andrade. Constatando a rejeição do público, a direção da emissora preferiu
afastar Mara da produção. Ela, então, se tornou jurada do quadro Dez ou Mil,
do Programa do Ratinho. Mas consideraram que ela “desarmonizou” o quadro
e ela foi afastada também. O problema de Mara é que ela vestiu esta persona de
“polêmica” e “dona da verdade” e não consegue mais se dissociar disso. E suas
falas equivocadas travestidas de “opinião” jogam contra ela mesma. Assim, ela
prejudicou a si mesmo, perdendo a oportunidade de estar na TV, oportunidade que
ela buscava há tempos. Mara precisava rever suas posições para voltar a ter
espaço na telinha.
- Reprises da Record
Neste ano, a Record
pesou a mão ao programar um sem-número de reprises para tapar buracos em sua
grade de programação. Além da faixa dupla de reprises de novelas à tarde, a
emissora recorreu ao repeteco de A Terra Prometida para ocupar a faixa
das 19h30, já que Topíssima, prevista para a vaga, foi adiada. O canal
também promoveu a reapresentação de minisséries bíblicas nas noites de sábado,
já que empurrou o Programa da Sabrina para mais tarde e não tinha o que
colocar no lugar. Como se não bastasse, ainda tirou a poeira de antigas
esquetes de humor e pegadinhas de gosto duvidoso para preencher a faixa Show
de Humor, nas manhãs de domingo, já que encurtou o Domingo Show e
criou mais uma brecha na grade. Haja material pra tanta reprise!
- Programas de
auditório
Antes sinônimo de
alegria, os programas de auditório agora ganharam um viés assistencialista
insuportável. O pior deles foi Eliana, que trocou a pauta divertida para
contar, toda semana, a história de alguma criança pobre que quer ser cantora. Hora
do Faro, da Record, já nasceu nesta vibe de lágrimas, e se empenha cada vez
mais em contar histórias depressivas. Já na Globo, o Caldeirão do Huck coloca
um verniz de game, mas também tem abusado, cada vez mais, nas histórias de vida
“emocionantes”. Outro que perdeu a mão foi o Programa da Sabrina, que se
transformou num reality show sobre a gravidez da apresentadora. Nada contra,
mas ficou maçante demais.
- Silvio Santos

E para você,
internauta? Quais os destaques negativos de 2018? Deixe sua opinião! O
TELE-VISÃO volta a ser atualizado no próximo sábado, dia 06, com os destaques
positivos de 2018. Até lá!
André Santana