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quarta-feira, 31 de maio de 2017
terça-feira, 30 de maio de 2017
SBT "imita" Netflix e fará maratona de "Arqueiro"
No último sábado, 27, o SBT exibiu o último filme da história do Cine Belas Artes, faixa de cinema da
emissora das noites de sábado. Depois de 16 anos no ar, o espaço para filmes
deixa a grade para ser substituído pela série Arqueiro (Arrow). A
emissora não explicou o motivo, mas provavelmente o fim do Cine Belas Artes tem a ver com a escassez de filmes em seu acervo.
Como se sabe, o SBT não tem mais nenhum contrato com grandes distribuidoras de
longas, e suas faixas de cinema sobrevivem de sobras de contratos anteriores.
O mais curioso é a maneira como a emissora vem anunciando a exibição da
série Arqueiro. Segundo o texto lido
pelo narrador oficial do SBT, o canal será o primeiro a “ter coragem de imitar
a Netflix” e fará uma exibição da série em formato de maratona. Serão quatro
episódios de Arqueiro exibidos em
sequência todos os sábados. Assim, o SBT exibirá uma temporada completa da
série até o início do mês de julho.
A novidade chama a atenção por vários motivos. Primeiro, porque pode
significar o início do fim da exibição de filmes pelo SBT. Sem o Cine Belas Artes, a emissora passa a
exibir longas apenas no Cine Espetacular
e Tela de Sucessos, nas noites de
terça e sexta, respectivamente. Pouco, se considerarmos que o canal chegou a
exibir filmes todas as tardes, no Cinema
em Casa, aos finais de semana, com a Sessão
Premiada e o Festival de Filmes, e
manter sessões na madrugada, como no extinto Fim de Noite. Também já exibiu blockbusters às quintas-feiras, em Quinta no Cinema, e nas noites de
domingo, com a Sessão das Dez e Oito e Meia no Cinema.
Tantos espaços para filmes tinham explicação. A emissora, por anos,
alardeava contratos de exclusividade com as maiores distribuidoras de filmes,
como Warner, Disney, MGM, Paramount, e tantas outras mais. A cada início de
ano, o SBT fazia chamadas enormes, com títulos arrasa-quarteirão que eram
exibidos ao longo de todo o ano. Vale lembrar que os filmes exibidos no Cine Espetacular e Tela de Sucessos faziam tanto sucesso no início dos anos 2000, que
levaram a Globo a cancelar diversos programas de sua linha de shows, como Muvuca, Você Decide e Garotas do Programa. Agora, sem novos
filmes, Tela de Sucessos e Cine Espetacular vivem de reprises. E
vai-se saber quantos filmes mais o canal ainda terá direito de reprisar.
A mudança também chama a atenção porque o SBT volta a destacar um seriado
em sua grade de programação. Vale lembrar que os contratos que garantiam
grandes filmes à emissora também garantiam uma infinidade de séries,
principalmente da Warner, que também ocupavam bastante espaço na programação do
SBT. Com o fim de tais contratos, as séries também perderam vez na grade do
canal. Arqueiro é uma das poucas
séries que sobraram do acordo da emissora com a Warner. Por isso, fica também a
dúvida se a tal “faixa Netflix” terá vida longa, afinal, que série poderá
substituir Arqueiro? Vamos ver o que
acontece.
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André Santana
sábado, 27 de maio de 2017
De "Globinho" à "Bambuluá": uma história esquecida da programação da Globo

Sabemos que o tal projeto ambicioso se tornaria o programa Bambuluá, que estreou em outubro de
2000. No entanto, até chegar ao Bambuluá
visto no ar nas manhãs do canal, o projeto Globinho
passou por várias fases, todas amplamente divulgadas pela imprensa, mas que
foram sendo transformadas. O projeto inicial Globinho era bem diferente do Bambuluá,
e, agora, o blog TELE-VISÃO resgata esta história bem interessante.
Pra começar, Globinho não seria
um programa em si. Seria o nome de uma faixa de programação, que abrigaria
vários programas de meia hora que ocupariam toda a manhã da Globo. A ideia era
abrir mão de ter um único programa infantil e abrir espaço para atrações de
forte cunho educacional e didático, com muito conteúdo nacional, e que pudesse
fazer frente aos poderosos desenhos da concorrência. Nestes planos, Angélica
perderia espaço. À ela, estava destinada a missão de “costurar” as atrações que
compunham a faixa Globinho, e
protagonizar uma nova novelinha infantil, no intuito de resgatar o sucesso de Caça Talentos. E o nome desta nova
novelinha não era Bambuluá, e sim Angel Road.
Em Angel Road, Angélica viveria
ela mesma, e seria uma cantora que, a bordo de um ônibus, viajaria pelo país
fazendo shows. Ela apareceria acompanhada de seu staff, vividos por André
Marques e Maurício Branco, além de conviver com personagens cômicos vividos por
Patrícia Luchesi e a dupla Rosa & Rosinha. A vilã da história era Vicky,
vivida por Mônica Carvalho, uma invejosa mulher que fazia de tudo para sabotar
os shows de Angélica. Angel Road
chegou a ter capítulos gravados, mas não foi adiante. O material gravado se
tornou uma espécie de minissérie em cinco capítulos, que a Globo exibiu entre
14 e 18 de agosto de 2000, com o nome Angélica
na Estrada.
Além de Angel Road, a faixa Globinho teria ainda uma nova série
infantil chamada Capitão Sardinha.
Criada por Cao Hamburger, atual autor de Malhação,
Capitão Sardinha se passava num submarino amarelo comandado pelo
personagem-título, vivido por Stênio Garcia. De cabelo vermelho e bigodes, o
capitão viveria aventuras submarinas ao lado do Marujo Pimenta, papel de Cássio
Scapin (o Nino do Castelo Rá-Tim-Bum,
outra criação de Hamburger). Curiosamente, após vários episódios gravados, a
direção da Globo resolveu reformular a série totalmente, transformando-a numa
“minissérie” chamada As Aventuras de Zeca
e Juca, substituindo Sardinha e Pimenta por duas crianças. Foi ao ar tempos
depois, já no Bambuluá.
A nova versão do Sítio do Picapau
Amarelo, que estreou dentro do Bambuluá
em 2001, também foi inicialmente pensada para integrar o projeto Globinho. E, além de todos estes
programas, Globinho teria ainda uma
atração comandada pela Turma da Mônica, cujos desenhos animados estrearam na
televisão um ano antes, em 1999.
A ideia era que a turminha criada por Mauricio de Sousa
tivesse uma atração com meia hora de duração, que mesclasse as animações tradicionais
com bonecos representando toda a gama de personagens criada pelo cartunista.
Entretanto, conforme foi tomando forma, o projeto Globinho foi mudando. Foi criado um time de crianças, “inspirado”
nos Sete Anões, para fazer reportagens dentro do Globinho. Assim, Globinho
se transformou em TV Globinho,
ganhando a apresentação de Jujuba, Prego, Matraca, Xereta, Pipoca, Minhoca,
Escova e Careca. A TV Globinho, por
sua vez, ganhou a forma de uma emissora de televisão. Esta emissora de
televisão acabou ganhando, em torno dela, uma cidade inteira, onde viveriam os
outros personagens dos outros programas. Por exemplo, nesta cidade ficaria o
porto de onde Capitão Sardinha sairia com seu submarino. A cidade acabou
ganhando o nome de Bambuluá e, como ela era maior que a TV Globinho, optou-se
por batizar a nova programação infantil com o nome da cidade, e não da emissora
de TV. Angélica, assim, viu suas aventuras serem transferidas da estrada para a
“cidade dos sonhos”, surgindo assim a novelinha principal que dava nome ao
programa.
Por isso, quando entrou no ar, o projeto Globinho era Bambuluá, a
cidade dos sonhos. A TV Globinho, que ficava dentro da cidade, tornou-se a
“costura” do programa, trazendo as reportagens dos personagens e quadros
variados, como Garrafinha,
Iscavoka-Iscavoka, Irmãos em Ação e Turma
da Mônica na TV, além de desenhos animados. Na época da estreia, Talma
reforçou, em entrevistas, que vários dos projetos previstos para o Globinho estavam sendo preparados para
estrear em breve no Bambuluá. "O
Sítio do Picapau Amarelo, Capitão
Sardinha e Pequeno Alquimista já
estão sendo preparados para estrear no próximo ano, assim como Blur, um longa metragem de animação por
computador que se passa no futuro", explicou ele ao jornal O Estado de S.
Paulo em outubro de 2000. Na mesma estrevista, Talma falou sobre a reformulação
enfrentada por Capitão Sardinha. "Já
sobre o Capitão Sardinha, analisamos
o piloto e achamos que não repercutiria junto ao nosso público alvo. Vamos
repensá-lo”, afirmou.
Capitão Sardinha virou As
Aventuras de Zeca e Juca e estreou em 2001, junto com Sítio do Picapau Amarelo. Já Pequeno
Alquimista foi engavetado, tornando-se um especial de fim de ano anos
depois. Ou seja, a ideia inicial de fazer uma faixa com vários programas acabou
se tornando um único programa, porém formado por segmentos diversos. E o resto
é história: Bambuluá não alcançou os
índices de audiência desejados pela Globo e saiu do ar no final de 2001.
Quando foi decretado o fim de Bambuluá,
a ideia da Globo era apostar num outro projeto infantil. O canal, assim, acabou
escalando Marlene Mattos, então responsável pelo núcleo dos programas Planeta Xuxa, Caldeirão do Huck e Mais Você, para assumir o núcleo
infantil, substituindo Roberto Talma. Na época, a poderosa ex-diretora de Xuxa
anunciou que sua ideia era trazer Xuxa de volta aos infantis diários, mas,
também, aproveitar Angélica. “Eu vejo a Angélica na programação infantil, sim,
mas ainda não sei como”, disse a diretora à revista Contigo!. No entanto,
Marlene nunca chegou a assumir, de fato, a grade infantil, pois rompeu com Xuxa
pouco tempo depois. Foi Xuxa quem acabou voltando para as manhãs, com seu Xuxa no Mundo da Imaginação, com Roberto
Talma como diretor de núcleo. Enquanto isso, Angélica deixou de vez os
infantis, assumindo o Vídeo Game, no Vídeo Show, e o reality musical Fama. E o resto todos sabemos: Xuxa
tentou ainda com seu TV Xuxa, o Sítio do Picapau Amarelo ficaria no ar
até o final de 2007, e a TV Globinho
acabou se tornando o único infantil da emissora a atravessar a década, ficando
no ar até agosto de 2015.
André Santana
quinta-feira, 25 de maio de 2017
Para tentar salvar "Os Dias Eram Assim", Globo sacrifica "Vade Retro"
Os Dias Eram Assim, primeira novela das onze chamada de “supersérie”
pela Globo, não tem nada de super. A trama de Ângela Chaves e Alessandra Poggi
tem ficado abaixo da expectativa da emissora. Até aqui, a história registra uma
média de audiência superior, apenas, a O
Rebu e Saramandaia, produções do
horário consideradas de baixo desempenho.
Para tentar elevar a média de audiência de Os Dias Eram Assim, o canal passará, então, a fazer uso de uma
manobra que poderia até fazer sentido no SBT ou na Record, mas que não tem nada
a ver com o histórico da Globo. Às quintas-feiras, Os Dias Eram Assim será exibida mais cedo, logo depois de A Força do Querer. Enquanto isso, Vade Retro, a atual comédia das
quintas-feiras, entrará no ar mais tarde, depois da ~super~série. A estratégia
começou na semana passada, com a “desculpa” de ser um capítulo especial da
trama. Mas, como o Jornal Nacional
terminou depois das 22h naquele dia, na prática a trama começou em seu horário
habitual, às 23h e pouco mesmo. Vade
Retro é que se deu mal, entrando depois da meia-noite.
Mesmo assim, a direção da Globo ficou satisfeita com os resultados
alcançados pela inversão, afinal, deste modo, Os Dias Eram Assim é impulsionada pela boa audiência de A Força do Querer. Por isso mesmo, já
anuncia para hoje, 25, logo mais, Os Dias
Eram Assim e Vade Retro, nesta
ordem. Como o capítulo de quinta-feira era o que costumava registrar a menor
audiência dentre os capítulos da semana, em razão da “baixa” audiência herdada
da comédia de Alexandre Machado e Fernanda Young, com a mudança a média geral
de Os Dias Eram Assim fatalmente
subirá, deixando todo mundo mais contente na Globo.
Uma pena que a emissora prefira fazer uso de uma manobra bizarra destas
apenas em busca de índices melhores, e não procure melhorar a própria novela em
si. Os Dias Eram Assim, apesar da
temática OK e boas atuações, tem se mostrado, na prática, uma novela das seis
travestida de trama das onze. A trama abusa das reviravoltas folhetinescas e
desperdiça seu ótimo pano de fundo, a Ditadura Militar. Não seria difícil
ajustar isso no texto, mas preferiram mudar o horário da novela. Agora, a Globo
tem um produto “diário” que começa cada dia em um horário. Coisa mais esquisita
do mundo.
Já Vade Retro realmente estava
sendo exibida no horário errado. A comédia brinca com elementos sacros e traz
muitas referências a filmes de terror. Para entrar no clima, é preciso ter
algum repertório e, portanto, a comédia tem um público-alvo bastante
segmentado. Por isso, deveria estar numa faixa de produções mais experimentais.
A faixa da quinta-feira pós novela foi ocupada por mais de dez anos por A Grande Família, uma comédia popular de
fácil assimilação, ideal para o público heterogêneo herdado da novela. Chapa Quente, que esteve no horário nos
dois últimos anos, também tinha o mesmo estilo. Vade Retro combinava mais com a noite de sexta, pós-Globo Repórter, horário que Alexandre
Machado e Fernanda Young conhecem bem e já emplacaram boas séries, como Os Normais, Minha Nada Mole Vida, Separação?!
e Macho Man. Pena que a Globo
desistiu de produzir para o horário.
André Santana
quarta-feira, 24 de maio de 2017
terça-feira, 23 de maio de 2017
SBT está levando a sério a expressão "solução caseira"

Patrícia Abravanel, hoje uma das principais estrelas do canal, também já
se mostrou como uma substituta “pau pra toda obra”. Antes de ter o seu próprio
programa, Patrícia chegou a substituir Mamma Bruschetta no Jogo dos Pontinhos,
quadro do Programa Silvio Santos.
Agradou o pai e acabou ficando de vez com a vaga, que ocupa até os dias de
hoje. Patrícia também foi uma das apresentadoras a participar do rodízio de
comandantes do programa Eliana,
durante a licenca-maternidade da titular.
Agora, Eliana está grávida pela segunda vez. E, segundo a coluna Zapping,
do jornal Agora SP, a apresentadora foi recomendada pelo médico a fazer repouso
absoluto durante a gestação. Com isso, Eliana já está afastada do comando de
seu programa dominical e, segundo fontes diversas, Patrícia Abravanel já foi a
escolhida para substituí-la. Desta vez, parece, não haverá rodízio de
apresentadores, e Patrícia deve acumular o comando dominical com a sua atração,
Máquina da Fama.
Enquanto isso, Silvia Abravanel precisou se ausentar recentemente do
infantil Bom Dia e Cia. Assim, a
escolhida para substituí-la foi outra Abravanel, Rebeca. A filha número cinco,
que tem como experiência apenas aparições no programete Caldeirão da Sorte, passou uns dias comandando jogos por telefone,
rodando a roleta e chamando Bob Esponja
e Scooby-Doo.
Na última semana, Silvia precisou se ausentar novamente, ainda com
problemas de saúde. Mas, desta vez, não teve substituta. O Bom Dia e Cia tem ido ao ar apenas com a exibição de desenhos
animados. Será que Rebeca não agradou? Ou será que ela não topou cobrir a irmã
novamente? Aliás, segundo o site Notícias da TV, o Bom Dia e Cia viu sua audiência subir na última sexta-feira, 19,
primeiro dia sem apresentadora. Ou seja, parece que uma apresentadora mais
atrapalha do que ajuda no infantil. Que coisa, não?
André Santana
sábado, 20 de maio de 2017
Xuxa encontra um rumo com "Dancing Brasil"
Passados quase dois meses de exibição de Dancing Brasil, já é possível afirmar que, finalmente, acertaram na
escolha de um formato para Xuxa Meneghel. A apresentadora está bem à vontade na
apresentação do reality show de dança exibido nas noites de segunda na Record
TV. E, finalmente, Xuxa tem um conteúdo verdadeiramente interessante para
mostrar ao público, já que tanto o extinto Programa
Xuxa Meneghel, da própria Record, quanto a última versão do TV Xuxa, ainda na Globo, pecavam pela
total falta de conteúdo.
Xuxa, desta vez, assumiu um papel quase de coadjuvante, já que está à
frente de um formato fechado, pronto e que não leva o seu nome. Em Dancing Brasil, a grande estrela da
atração é a competição em si, e não a apresentadora. E este novo papel
desenvolvido pela apresentadora se mostrou uma excelente oportunidade para que
Xuxa, finalmente, conseguisse se reinventar na TV. O novo formato permitiu com
que ela passasse a chamar a atenção de um público que não é, necessariamente,
seu fã, e, de quebra, ela consegue deixar a sua marca. Mesmo seguindo um
roteiro, a apresentadora surge radiante e divertida, dando o seu tempero à
atração.
O resultado disso tudo é que Dancing
Brasil vem tendo um desempenho superior à atração que levava o nome da
apresentadora, exibido até o final do ano passado. Na grande São Paulo, os números
são pouca coisa maiores que os do extinto Xuxa
Meneghel, e não garante a vice-liderança na batalha contra o SBT. No
entanto, há de se considerar o contexto da saída da Record dos pacotes da TV
paga em São Paulo. Com a saída dos canais da Simba Content da televisão por
assinatura, foi a Record quem mais perdeu público. Tanto que, nas outras
praças, Dancing Brasil registra
desempenho superior. E a Record se mostra satisfeita com os resultados da atração,
tanto que já programou uma segunda temporada para o segundo semestre deste ano.
Também há de se considerar que a versão brasileira de Dancing With The Stars chegou ao país
com mais de dez anos de atraso. Se tivesse sido montado lá pelos idos de 2006,
quando a febre dos programas de dança estava há pleno vapor, provavelmente
teria resultados mais interessantes. Mas, mesmo com atraso, o programa é
competente na missão de entreter sua plateia, que se diverte com os números de
dança e, também, ao acompanhar os ensaios dos famosos tentando superar os seus
limites.
Já estabelecido, Dancing Brasil
conseguiu, até, fazer uma homenagem à sua apresentadora sem ser chato. Na última
segunda-feira, 15, o programa foi temático, e todos os participantes tiveram de
dançar os mais variados ritmos com as músicas clássicas da carreira de Xuxa. Para
incrementar o especial, vários dos elementos que consagraram o Xou da Xuxa, como a nave espacial, o
microfone com “xuquinhas”, os figurinos estrambólicos e as paquitas, foram
resgatados no Dancing Brasil. O
resultado foi bastante simpático, que, com certeza, fez a alegria dos fãs da
apresentadora. Na audiência, o especial levou o Dancing Brasil a bater seu recorde.
A boa aceitação do especial sobre Xuxa é mais uma prova de que o formato
foi acertado. Afinal, uma das principais críticas a respeito do programa
anterior da loira era que ele era excessivamente autorreferente. O programa
teimava em resgatar a todo o momento o passado de glória de Xuxa, mostrando fãs
histéricos sempre a reverenciar seu “ídolo”. Para quem não era fã de Xuxa, o
programa não trazia nada de interessante, e isso sempre foi um problema. Com
certeza, foi um dos motivos para o naufrágio da atração.
Já em Dancing Brasil a
homenagem não soou egocêntrica, já que estava dentro de um contexto. Há uma
competição acontecendo, e a proposta de se encaixar músicas de Xuxa veio ao
encontro da proposta da atração. Ou seja, não foi um resgate vazio, e o
programa não falou apenas aos fãs de Xuxa. Quem não é fã de Xuxa, mas acompanha
o Dancing Brasil, assistiu a mais uma
etapa da competição e torceu pelo seu artista preferido. E quem é fã também foi
contemplado, ao se ver tomado pelo saudosismo despertado pelo resgate. Foi tudo
muito bem equilibrado.
Xuxa é uma boa apresentadora, tem um inegável carisma e se posiciona
muito bem diante de uma plateia. Mas já há muito tempo, faltava a ela um conteúdo
de mais qualidade. Afinal, apenas Silvio Santos, hoje, consegue segurar um
programa apenas na figura dele. Os demais apresentadores, como Eliana, Luciano
Huck, Rodrigo Faro e cia bela, estão, sempre, investindo em novos conteúdos
para sobreviverem na guerra de audiência. Xuxa e seu staff, parece, aprenderam
a lição, e Dancing Brasil veio numa
boa hora.
André Santana
quinta-feira, 18 de maio de 2017
Após período conturbado, Globo vive calmaria com suas novelas
A Globo, após muito bater cabeça com suas novelas, agora pode respirar
mais aliviada. Suas três novelas diárias, além de Malhação, vivem boa fase no Ibope. Viva a Diferença, Novo Mundo, Rock Story e A Força do Querer registram bons índices de audiência e colocaram
seus respectivos horários num trilho mais aceitável pela direção da emissora.
Malhação já vinha numa boa fase há tempos. Malhação Sonhos, Seu Lugar no Mundo e Pro Dia Nascer Feliz já renderam bons
índices de audiência para o canal e serviram como importante alavanca para sua
grade de programação. Mas Malhação – Viva
a Diferença vem surpreendendo. Isso porque a história de Cao Hamburger já
vem rendendo bons números desde sua estreia, um fato raro, garantindo já uma
média diária de 20 pontos no Ibope. Normalmente, as tramas decolam apenas após
um certo tempo de implantação. Além disso, Viva
a Diferença também é um sucesso de crítica, ao contrário das duas
temporadas anteriores, de Emanuel Jacobina. Malhação
também vem sendo ajudada pela reprise de Senhora
do Destino, que a antecede, e também vai indo muito bem.
Já Novo Mundo conseguiu apagar
a má impressão deixada por Sol Nascente
e colocou a faixa das seis, novamente, no rumo dos acertos. Afinal, a faixa das
18 horas da Globo vinha numa sucessão de acertos, principalmente com a trinca Sete Vidas, Além do Tempo e Eta Mundo Bom!, todas muito
bem-sucedidas. Agora, a trama dos estreantes Alessandro Marson e Thereza Falcão
segue sempre em torno dos 25 pontos no Ibope, excelente resultado.
Rock Story, por sua vez, mantém a boa fase da faixa das sete,
iniciada em Alto Astral, e mantida em
I Love Paraisópolis, Totalmente Demais
e Haja Coração. Segundo o colunista
Ricardo Feltrin, a trama de Maria Helena Nascimento deve terminar com média
geral menor do que suas antecessoras. Mesmo assim, registrou 28,7 pontos no
Ibope no capítulo de ontem, 17. Nada mal.
Já A Força do Querer veio dar
novo fôlego ao horário mais problemático da Globo nos últimos anos, a faixa das
21h. Depois de Império, as tramas das
nove vieram ladeira abaixo com Babilônia
e A Regra do Jogo. Velho Chico ensaiou uma recuperação, mas
A Lei do Amor tratou de derrubar os
índices novamente. Agora, a trama de Gloria Perez vem se mantendo sempre acima
dos 30 pontos ainda em seus primeiros meses no ar, coisa que não acontecia há
tempos! E a tendência é que a trama cresça ainda mais. O único elo mais fraco
da dramaturgia da Globo é a “supersérie” Os
Dias Eram Assim, que ainda não emplacou. Mas, sobre isso, falaremos numa
próxima oportunidade.
André Santana
quarta-feira, 17 de maio de 2017
terça-feira, 16 de maio de 2017
Às sextas-feiras, "Legendários" perde vice-liderança

Não se pode creditar o parco desempenho apenas ao programa em si. Afinal,
como a imprensa especializada vem afirmando há um bom tempo, a Record foi a
mais prejudicada em audiência desde que as emissoras que compõem a Simba (SBT,
RedeTV e Record) deixaram de ser exibida na TV paga nas cidades onde o sinal
analógico já foi extinto. Como os canais abertos, agora, podem receber pela
transmissão digital, as emissoras da Simba querem receber para que as
operadoras as exibam na TV paga. Enquanto a negociação não chega a lugar
nenhum, SBT, Record e RedeTV não estão mais no line up das operadoras em São
Paulo e Brasília (a Vivo, única operadora a ainda transmitir os canais, também
já anuncia a retirada deles).
Mesmo considerando este contexto da Simba fora da TV paga, e tendo a
Record como a emissora que mais perdeu público, a mudança do Legendários para as noites de sexta
nunca pareceu uma boa ideia. Afinal, o programa de Mion estava consolidado aos
sábados, sempre vice-líder e, algumas vezes, chegava a encostar no Altas Horas, da Globo. Mion chegou a
enfrentar um novo concorrente, o Sabadão
com Celso Portiolli, do SBT, mas a atração foi cancelada no início de 2017.
Ou seja, nas noites de sábado, Marcos Mion não tinha muita concorrência.
Segundo consta, a Record mudou Mion de dia porque o Legendários estaria sofrendo um “canibalismo comercial”. Aos
sábados, ele sucedia o Programa da
Sabrina, também programa de auditório e voltado ao mesmo público que Legendários. Assim, possíveis
anunciantes não viam vantagem em anunciar em dois programas parecidos, exibidos
um após o outro. E, ao escolherem onde anunciar, o programa de Sabrina Sato
levava a melhor. Ou seja, a mudança para a sexta-feira foi uma tentativa da
Record de tentar dar uma sobrevida comercial ao programa de Marcos Mion.
Entretanto, a audiência do Legendários
caiu. Ao mesmo tempo, nos últimos dias, vários colunistas especializados
noticiaram que o contrato de Marcos Mion termina neste ano e, até agora, o
apresentador não foi chamado para uma renovação. Ainda é cedo para concluir
qualquer coisa, até porque Mion terá um novo programa este ano, o reality show A Casa, que substituirá Power Couple.
Sendo assim, temos que esperar para conferir o desempenho da nova atração e,
ainda, observar uma possível reação do Legendários
às sextas. No mais, é uma pena que isso esteja acontecendo, já que Legendários havia tomado um caminho
interessante aos sábados, e Marcos Mion se revelou um belo animador de
auditório. Vamos ver o que acontece.
André Santana
sábado, 13 de maio de 2017
Nova "Malhação" traz a novidade que o programa tanto necessitava
Não se pode culpar a Globo por não tentar reinventar Malhação. Nestes mais de 20 anos no ar, andar em círculos parecia
inevitável. Foram várias mudanças pontuais ao longo de sua trajetória, porém
poucas de fato realmente alteraram os rumos ou tiraram a novelinha do eixo. A
primeira grande mudança foi a troca de cenários, quando a história saiu da
academia Malhação e chegou ao colégio Múltipla Escolha, e perdeu o formato de
série e assumiu cores de novela. De lá para cá, romances açucarados que nunca
mudavam a fórmula, apenas trocavam atores, faziam de Malhação um programa cada vez mais previsível.
A segunda grande mudança foi quando o programa perdeu a necessidade de
manter cenários e personagens, passando a contar uma história totalmente
diferente a cada nova temporada. Tal transformação de formato aconteceu em Malhação 2010 (ou “Cidade Partida”), de
Emanuel Jacobina. Na temporada seguinte, Malhação
Conectados, de Ingrid Zavarezzi, veio outra tentativa de mudança: um enredo
de mistério e sobrenatural, fugindo dos romances e conflitos juvenis
tradicionais. Mas a proposta não vingou, e a autora se viu obrigada a
reformular a obra em pleno voo, abandonando os mistérios e passando a narrar a
trama no tom folhetinesco tradicional.
De lá para cá, Malhação seguiu
apostando em tramas distintas a cada temporada, mudando autor e diretor a cada
nova leva. Vieram tramas que não caíram no gosto do espectador, como Casa Cheia, e outras que disseram a que
vieram, como Malhação Sonhos. Apenas
nas duas últimas temporadas, Seu Lugar no
Mundo e Pro Dia Nascer Feliz, é
que o antigo hábito de manter o autor e alguns personagens da temporada
anterior voltaram: Emanuel Jacobina assinou as duas e repetiu alguns poucos
personagens, embora tenha contado duas histórias distintas.
Eis que surge Malhação – Viva a
Diferença, que estreou na última segunda-feira, 08, prometendo ser um novo
divisor de água na trajetória da novelinha adolescente. Primeiro, porque a nova
safra marca a estreia do veterano Cao Hamburger como novelista. Cao é um nome
forte do audiovisual nacional, tendo seu nome vinculado a uma série de
programas infantis e infanto-juvenis de grande sucesso de público e crítica.
Seu nome pode ser visto nos créditos de programas como Disney Club, Pedro e Bianca, Família Imperial e Que Monstro te Mordeu?, além de Castelo Rá-Tim-Bum, sem dúvidas seu
maior êxito. Ou seja, Malhação ganhou
um novelista “iniciante” na seara, mas com uma trajetória respeitável em
programas que sabiam bem dialogar com crianças e jovens.
A boa mão de Cao para falar com os jovens ficou muito evidente nesta
primeira semana de Malhação – Viva a
Diferença. Pra começar, deve ser a primeira vez que Malhação não coloca um casal como protagonista. Desta vez, são
cinco amigas que estão à frente do enredo, cada uma de uma realidade distinta e
vivendo conflitos diversos, porém todos típicos desta fase da vida. Logo nas
primeiras cenas do capítulo um, vimos que Tina (Ana Hikari) tem problemas com a
mãe controladora; Ellen (Heslaine Vieira) é uma jovem atenta à tecnologia; Lica
(Manoela Aliperti) faz o gênero “pobre menina rica”, de família, digamos,
“abastada”, mas tem jeito de rebelde; e Benê (Daphne Bozaski, a fofa Lali de Que Monstro te Mordeu?), do tipo
“esquisita”, com dificuldades em socializar. E há ainda Keyla (Gabriela
Medvedovski), que vive as dificuldades da gravidez na adolescência.
Todas estas meninas vivem distantes, em realidades diferentes, mas se
unem por um forte laço, quando todas participam do parto do filho de Keyla, em
pleno metrô parado num dia chuvoso na cidade de São Paulo. Aliás, a maior
cidade do país serve de cenário à Malhação
pela primeira vez, contribuindo para a temática que Viva a Diferença quer explorar: a diferença. Megalópole, São Paulo
é uma cidade de contrastes, que abriga diversas tribos. Ou seja, a cidade
aparece na história não como um mero cenário ou pano de fundo, mas também como
um personagem importante da história que se pretende contar. Aliás, ter uma Malhação protagonizada por mulheres, e
trazendo como tema central a diversidade, a trama aparece bastante antenada com
a contemporaneidade, trazendo temas que estão na pauta do dia.
Tirando um exagero ou outro, o texto da nova Malhação chama a atenção pela qualidade, sobretudo na abordagem das
temáticas. Ao contrário de temporadas anteriores, esta Malhação não está glamourizando a gravidez na adolescência, ponto
mais do que positivo. Keyla vem sentindo que não é fácil conciliar a
maternidade com a vida de jovem. Também manda bem ao não colocar o romance como
centro do enredo, que sempre mandava nas entrelinhas a mensagem que, para ser
feliz, é necessário ter um amor idealizado ao lado. Claro, estas cinco meninas
têm (ou ainda terão) seus conflitos amorosos, afinal são adolescentes, mas não
é isso que as move.
Assim, Malhação – Viva a Diferença
estreou muito bem e mostrou que pode ser o sopro de vitalidade que a trama já
vinha buscando há algum tempo, mas sem muito sucesso. E o melhor é que a
mudança acontece justamente ao se contar uma história que se mostra
interessante, e que respeita muito a inteligência do público que a assiste
(característica, aliás, presente em todos os programas anteriores de Cao). A
direção de Paulo Silvestrini também é certeira, e Malhação surge em cena como um produto bem cuidado e muitíssimo bem
acabado. E, pelos números da primeira semana, parece que a história agradou de
cara. Tem tudo para dar certo.
André Santana
quinta-feira, 11 de maio de 2017
Há 21 anos, SBT exibia o último "Casa da Angélica"

Passei boa parte da minha infância assistindo aos programas de Angélica. Quando
ela estourou, era praticamente a única das apresentadoras infantis da época a
comandar programas vespertinos. Como eu estudava de manhã, o Clube da Criança, na Rede Manchete, era
uma boa opção. E a loirinha estava no auge na TV dos Bloch, pois também
comandava o Milk Shake, um musical
nas tardes de sábado que também fazia muito sucesso.
Lembro-me bem da expectativa que foi gerada quando ela anunciou que estava
se transferindo para o SBT. Na nova emissora, muitos teasers eram lançados
anunciando sua estreia, mas era o novo programa era sempre adiado. Isso
aconteceu porque sua nova atração enfrentou problemas de formatação. Inicialmente,
seria um programa totalmente diferente do Clube
da Criança. Mas os primeiros pilotos não foram aprovados, e a atração
precisou ser totalmente reformulada, adotando um formato mais convencional. Entrou
no ar a Casa da Angélica, com uns três
meses de atraso.
Mesmo sendo bem parecido com o Clube
da Criança, Casa da Angélica
trazia um diferencial. No infantil, a apresentadora protagonizada diversos
quadros de humor, vivendo vários personagens. Bernardão, o taxista;
Angelicastrid, a “VJ”; Anjólica, uma sátira ao Jô Soares; e tantos outros,
cujos nomes não me lembro. Lembro só que havia uma apresentadora de programa de
culinária e uma âncora de programa esportivo. Tempos depois, foi lançado o
quadro Tempestade de Lágrimas, uma sátira
às novelas mexicanas. Otaviano Costa, que fazia uma “voz misteriosa” que
conversava com Angélica no palco da Casa
da Angélica (e repetia o bordão “ai que meda!”), também participava deste
quadro, como o galã da história.
Casa da Angélica até registrava uma boa audiência nas tardes do SBT,
mas não chegou a estourar. O sucesso da apresentadora na TV de Silvio Santos
viria mais tarde, quando passou a comandar novas versões do TV Animal e Passa ou Repassa, dois programas apresentados anteriormente por
Gugu Liberato. Este último explodiu no Ibope, dobrando a audiência das tardes
do SBT na época. E, por conta disso, Casa
da Angélica foi perdendo força, e acabou sendo transferido para a faixa
matinal. Em seus últimos suspiros, ia ao ar das 7h30 às 8h da manhã,
antecedendo o Bom Dia e Cia, de
Eliana. Tinha apenas meia hora de duração, sendo apenas quinze minutos de arte.
Ali, Angélica se despediu do SBT. Quatro meses depois, estreava seus novos
programas, Angel Mix e Caça Talentos, na Globo. E o resto é
história!
Ah, vale lembrar que, com a saída de Angélica, seus programas vespertinos
ganharam substitutos. Eliana passou a comandar o TV Animal, enquanto Celso Portiolli fazia sua estreia como animador
assumindo o Passa ou Repassa.
Leia a matéria sobre a Casa da Angélica
no Observatório da Televisão aqui: http://bit.ly/2pEu31I
André Santana
quarta-feira, 10 de maio de 2017
terça-feira, 9 de maio de 2017
Com artistas populares e novela, TV Aparecida ganha espaço
Diz a Wikipedia sobre
a TV Aparecida: “com 11 anos de história, a TV Aparecida está entre as 14
maiores redes de televisão do Brasil em abrangência, segundo a Anatel. De
acordo com a coluna de Ricardo Feltrin (UOL), é a 7ª emissora de TV aberta mais
vista em todo o país”. Emissora católica, mantida pela Fundação Nossa Senhora
Aparecida, e com programação gerada em Aparecida – SP, o canal começa a
desenhar uma grade mais abrangente, atraindo uma audiência que não é,
necessariamente, católica.
O mais recente
produto a atrair uma audiência mais heterogênea na TV Aparecida é a revista
eletrônica matinal Manhã Leve, exibida ao vivo a partir das 10h.
Apresentada por Maria Cândida, conhecida jornalista com passagens por Globo,
SBT, Record e RedeTV (entre outras), a atração é uma típica revista matinal.
Maria Cândida faz entrevistas e comanda pautas variadas de serviço, saúde e
bem-estar, nada muito diferente do que é mostrado em tantas revistas matinais
em praticamente todas as emissoras. Uma bem-vinda volta à telinha de Maria
Cândida, que chegou a comandar o Programa da Tarde, na Record, e vem de
uma passagem pela Rede Família, onde comandava o Tudo Posso.
Maria Cândida se
junta à Claudete Troiano, outro rosto nacionalmente conhecido que engrossa as
atuais fileiras da TV Aparecida. Há 3 anos, Claudete comanda o programa
vespertino Santa Receita, atração nos mesmos moldes dos programas
femininos que apresentou por tantos anos na Gazeta, Record e Band. Ou seja,
trata de culinária, saúde, moda, artesanato, comportamento, música,
religiosidade, notícias, e variedades. Sucesso de audiência e faturamento para
os padrões do canal, Santa Receita é, hoje, carro-chefe da TV Aparecida.
Além das revistas
femininas, a TV Aparecida tem outra atração bastante popular em sua grade: uma
novela da Globo! Atualmente, em comemoração aos 300 anos de devoção a Nossa
Senhora Aparecida, o canal reexibe A Padroeira, novela de Walcyr
Carrasco exibida em 2001. A
trama conta a história de amor entre Cecília (Deborah Secco) e Valentim (Luigi
Baricceli), e que tem com pano de fundo o surgimento da imagem da santa. A
Padroeira, que foi cedida gratuitamente pela Globo, é exibida pela
TV Aparecida às 19h e às 22h30.
Para quem curte TV, é
bem interessante observar um canal ligado à igreja buscar ir além de sua missão
religiosa e, também, se preocupar em oferecer entretenimento ao público em
geral. Como não tem muitos compromissos com números de audiência, a TV
Aparecida pode apostar em formatos como os de Manhã Leve e Santa
Receita, que parecem já não mais estar tão em alta na TV aberta em geral
como antes. É uma opção, sobretudo, às donas de casa, que estão acostumadas a
ter a televisão como companhia, e que andavam meio desatendidas pelos outros
canais. Além disso, oferece oportunidade a rostos que também já não encontravam
espaço nas outras emissoras. Para o mercado, uma movimentação bem interessante.
André Santana
sábado, 6 de maio de 2017
"Conversa com Bial" devolve ao espectador o bom e velho programa de entrevistas
Não havia nome mais adequado para batizar o novo talk show de Pedro Bial
na Globo. Conversa com Bial é um nome
simples e direto, e que traduz com perfeição qual a proposta do sucessor do Programa do Jô: proporcionar uma
agradável conversa. Ao lado de Pedro Bial, seus convidados falam sobre tudo, de
uma maneira direta e informal, quase como num botequim da esquina. E traz,
ainda, algo cada vez mais raro na TV aberta: um programa de entrevistas no qual
o entrevistado é o grande protagonista.
Não que Pedro Bial não seja o dono do espaço. O programa é dele, feito
para ele, e bem a “cara” que ele veio construindo ao longo da década de 2000,
quando passou a dividir o comando do Fantástico
com o Big Brother Brasil, até chegar
ao Na Moral e ao Programa com Bial. Ou seja, usa seu arsenal de jornalista sempre
que necessário, mas é, antes de tudo, um animador dos bons, com um traquejo
alcançado após anos à frente do reality show. Conversa com Bial, então, é uma conversa, sim, mas também é “com
Bial”.
A diferença está aí. Enquanto seus atuais concorrentes The Noite, do SBT, e Programa do Porchat, da Record, usam
seus convidados como “escadas” para o arsenal de piadas de seus anfitriões, no Conversa com Bial é o convidado quem
dita as regras. Pedro Bial trata todos com simpatia, quase “chapa-branca”, mas
é neste clima de informalidade que ele arranca boas histórias de seus
convidados e os faz brilhar. Afinal, quando vimos Cármen Lúcia, Ministra do
STF, tão à vontade nos últimos tempos? A presença de Fernanda Torres ao lado da
ministra no programa de estreia foi outro trunfo. Pedro Bial e suas convidadas
fizeram um show vibrante, divertido, com boas informações e, também, elegante e
inteligente.
O segundo programa foi ainda mais especial. Padro Bial conseguiu tirar
Rita Lee de sua aposentadoria, nos brindando com uma deliciosa conversa a
respeito de sua biografia. Dona de uma trajetória cheia de grandes histórias,
além de se manter uma figura extremamente carismática, Rita Lee tomou conta do
palco de Bial e levou a plateia e o espectador ao delírio. O apresentador
mostrou trechos de uma entrevista feita com Rita há mais de 30 anos, o que deu
ainda mais tempero ao bate-papo. Já a terceira edição do Conversa com Bial foi mais ousado: ao lado da ex-ginasta Lais Souza
e do cientista Miguel Nicolelis, Bial comandou um papo sobre ciência e
tecnologia lotado de informação, chegando até a contrapor ciência e
religiosidade. Um papo quase “cabeça” na madrugada. E que, ao contrário do que
possa parecer, não foi nem um pouco cansativo.
Sendo assim, Conversa com Bial
veio preencher, com muita competência, uma lacuna que a TV aberta vinha
ostentando há algum tempo, que é a ausência de um programa de entrevistas onde
o entrevistado realmente é importante. Hoje, temos o Roda Viva, da TV Cultura, que vem perdendo relevância, ou o ótimo Mariana Godoy Entrevista, na RedeTV.
Este último também cumpre bem a cota do programa de entrevista “raiz”, mas é
semanal. Conversa com Bial veio
oferecer um bom programa de entrevistas diário, que não perde de vista sua
função de entreter, mas acrescenta sempre uma boa informação em seu repertório.
Ou seja, Conversa com Bial veio
ocupar um horário no qual concorre com outros talk shows, mas o faz trazendo
uma outra perspectiva. Para o espectador, isso é ótimo, afinal, agora a Globo
deixou de ser uma opção para se tornar, de fato, uma alternativa. Aos que gostam
das piadas afiadas de Danilo Gentili e Fabio Porchat, podem vê-los no SBT e na
Record. Mas quem gosta de uma entrevista de fato, Bial é a opção. Lembrando,
sempre, que não há demérito algum nos talk shows baseados nos night shows
americanos, que priorizam o humor e não a entrevista: The Noite e Programa do
Porchat são ótimos! Mas o Conversa com Bial, embora tenha uma
embalagem similar (plateia, bancada, banda...), traz alguma novidade às
madrugadas da TV aberta.
Obviamente, neste cenário todo, Jô Soares é um nome que faz muita, muita
falta! Ainda acho que a Globo devia aproveitá-lo num novo projeto, semanal, no
qual o apresentador pouparia sua saúde e, ainda assim, brindasse o público com
sua inteligência e sagacidade. Mas, se ao final desta extensão de contrato com
o canal, que o manterá na geladeira em 2017, a emissora não sinalizar com um outro
projeto, Jô poderia, perfeitamente, instalar-se num outro canal. Um dos
principais nomes da TV brasileira, Jô Soares não pode ficar fora do ar.
André Santana
sexta-feira, 5 de maio de 2017
News: Caso chocante chega ao inédito de "Chicago Justice" do Canal Universal
O Canal Universal exibe no dia 11 de maio, quinta-feira, às 22h, o 7º
episódio da primeira temporada de Chicago
Justice, "Double Helix".
Quando uma mulher grávida é encontrada morta e sem seu bebê, os investigadores
correm para encontrar a criança e o assassino. O caso se complica quando o DNA
do culpado corresponde ao do pai do bebê: um assassino em série que está preso.
Com a descoberta, o criminoso tenta usar a evidência do DNA como seu
bilhete para a liberdade.
Fale com o
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quinta-feira, 4 de maio de 2017
Com "Shark Tank" e "Era uma Vez uma História", Band incrementa horário nobre
Não é de hoje que apontamos aqui a crise na qual a Band está mergulhada.
Um dos mais antigos canais brasileiros, a emissora nunca produziu tão pouco.
Basta observar a grade de programação, cheia de enlatados e com horários
vendidos para igrejas e jogos caça-níqueis. Na grade diária, apenas Jogo Aberto, Brasil Urgente e Jornal da Band são expressivos. Pouco
para uma rede com tanta história.
Na linha de shows, no entanto, o canal ensaia uma recuperação
interessante. Nas noites de terça, segue o carro-chefe do canal, MasterChef, que continua rendendo bons
resultados. E, nas noites de quinta, a Band abriu o ano com outro reality que
envolvia culinária, o Pesadelo na Cozinha.
Interessante e divertido, o programa de Erick Jacquin alcançou resultados
bastante satisfatórios.
Com o fim da primeira temporada do programa, a linha de shows das
quintas-feiras da Band foi ocupada por dois novos programas, o Shark Tank Brasil e o Era Uma Vez uma História. O primeiro é
um reality produzido para o canal Sony, que chega à TV aberta, felizmente. Na
atração, empreendedores diversos apresentam propostas de negócios a uma bancada
formada por empresários, em busca de financiamento e sociedade. A mecânica
lembra O Aprendiz – O Sócio, exibido
pela Record há alguns anos, e diverte bastante ao trazer boas ideias de alguns,
e péssimos negócios de outros.
Shark Tank é um reality de negócios bem-sucedido lá fora, e
chegou ao Brasil meio atrasado. A RedeTV anunciou uma versão nacional da
atração em 2010, quando completou 10 anos de atividades e prometia muitas
estreias. Mas, sem receita e sem a adesão de patrocinadores, o projeto acabou
engavetado. Foi parar nas mãos do canal Sony anos depois e, agora, chega à TV
aberta. Num momento em que a Band não tem muitas condições de investir, buscar
produções ou coproduções com canais pagos pode ser uma boa saída. Todo mundo
sai ganhando.
Já Era Uma Vez Uma História é
um programa que vem sendo prometido pela Band há alguns anos. Com Dan Stulbach
e Lilia Schwarcz, a atração conta a história do Brasil de uma maneira bem
dinâmica e divertida, utilizando recursos como animação e dramaturgia. Muito
bem produzido, Era Uma Vez Uma História
trouxe um importante sopro de qualidade à grade do canal. Somando os filmes não
inéditos, porém bons às quartas, e o interessante O Mundo Segundo os Brasileiros às sextas, vê-se que o canal está
com um horário nobre respeitável (o que destoa é Polícia 24 Horas às segundas, mas...). Fica, agora, a torcida pra
que a boa fase se estenda às manhãs e tardes, jogadas às traças...
André Santana
quarta-feira, 3 de maio de 2017
terça-feira, 2 de maio de 2017
Mais uma filha apresentadora: Rebeca Abravanel assume "Bom Dia e Cia"
O infantil Bom Dia e
Cia, do SBT, está se tornando uma espécie de “quintal” da Família
Abravanel. Primeiro, Silvia Abravanel, filha número dois de Silvio Santos,
assume a direção do núcleo infantil do canal, passando a responder pela
atração. Depois, com a decisão judicial que acabou afastando os então
apresentadores-mirins Matheus Ueta e Ana Julia, Silvia chamou para si a missão
de comandar o programa. Matheus e Ana chegaram a voltar, mas o SBT acabou
optando por manter Silvinha à frente do infantil. E, na manhã de hoje, 02, uma
nova Abravanel surgiu no Bom Dia:
Rebeca, a “filha número cinco”.
Silvia Abravanel está internada com pneumonia e, assim,
Rebeca Abravanel foi a escolhida para substituí-la. E a mais nova filha de
Silvio Santos a se tornar apresentadora estreou no Bom Dia e Cia, comandando os jogos por telefone e apresentando
desenhos animados. Rebeca surgiu visivelmente nervosa, aparentando estar meio
perdida por diversas vezes. Também teve dificuldades em dizer os nomes das
brincadeiras e de alguns desenhos. Não chega a ser surpreendente, afinal, é uma
estreia ao vivo.
Vale lembrar que Silvia Abravanel também se atropelava nos
jogos e nos desenhos quando assumiu o comando do programa, em 2015. Passado
pouco mais de um ano, Silvinha já domina bem o palco da atração. Considerando
este ponto, pode-se dizer que, dando mais um período de experiência à Rebeca
Abravanel, é bem possível que ela melhore. Até porque, embora nervosa, Rebeca
surgiu simpática e carismática no vídeo, característica que Silvia Abravanel,
convenhamos, não possui.
Apesar de ser a estreia de Rebeca Abravanel no comando de um
programa ao vivo, a filha de Silvio Santos já vinha aparecendo como apresentadora
no SBT. Num episódio do Roda a Roda,
foi chamada pelo pai para comandar um bloco da atração, pois, segundo ele,
“precisava ‘mijar’”. Depois, passou a revezar com o pai, as irmãs e Luís
Ricardo na apresentação do programete Caldeirão
da Sorte, exibido durante a programação do SBT. Virou notícia uma edição
comandada por ela na qual era possível ouvir a voz de Silvio Santos
dirigindo-a. Ela se atrapalhou na hora de ler o nome da cliente do Baú sorteada
e pediu para fazer a gravação de novo. Eis que surgiu a voz de Silvio ao fundo
orientando: “vai, continua!”. E ela continuou.
Ainda não se sabe quanto tempo Silvia Abravanel ficará
afastada do Bom Dia e Cia. Enquanto
isso, Rebeca deve seguir no programa. Interessante notar que Matheus Ueta e Ana
Júlia sempre eram chamados para cobrir folgas de Silvinha, mas, agora, optou-se
por uma “solução caseira” (literalmente). Mais interessante ainda é isso
acontecer logo após a exibição de uma entrevista de Silvio Santos, no qual ele
dizia que Patrícia Abravanel, sua outra filha apresentadora, já estava pronta
para fazer qualquer coisa no SBT, ao mesmo tempo em que disse que faltava
carisma à Silvia Abravanel. Será que, ao ver Rebeca no programa, Silvio pode
cismar de trocar uma Abravanel pela outra no Bom Dia e Cia? Aguardemos.
André Santana
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