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| Silvia Abravanel e Décio Piccinini no Programa Cor de Rosa (divulgação/SBT) |
Como dono do SBT, Silvio Santos sempre teve suas cismas. De vez em quando, inclusive, ele teimava em copiar em sua emissora um programa da concorrência. Foi assim que o empresário, em 2004, resolveu que teria sua própria versão do TV Fama, um clássico da RedeTV.
Silvio, então, tratou de contratar boa parte da equipe do programa apresentado por Nelson Rubens. Produtores e repórteres, seduzidos pela oferta do dono do SBT, toparam deixar a RedeTV para se aventurar na nova empreitada do animador. Ricardo Perez, então diretor do TV Fama, também deixou o canal rumo à Anhanguera.
Começava assim a produção de um novo programa de fofocas que ocuparia as tardes do SBT. Décio Piccinini e Silvia Abravanel foram os escolhidos para serem os âncoras da nova atração, fazendo as vezes de Nelson Rubens e Luisa Mell. Estreava, então, o Programa Cor de Rosa.
A atração estreou no dia 2 de agosto de 2004, na faixa das 15h30, em meio a muitas críticas. O jeito robótico com que Silvia Abravanel comandava o programa foi detonado na imprensa, que também apontou o fato de o Programa Cor de Rosa ser “frio”. Isso porque, ao contrário do TV Fama, que era ao vivo, o Programa Cor de Rosa ia ao ar gravado e repleto de conteúdo envelhecido.
A audiência, claro, não correspondeu. O programa atingiu baixos índices e não escapou de uma mudança de horário. Em novembro daquele ano, com a estreia do Charme com Adriane Galisteu às 15h30, o Programa Cor de Rosa passou a ir ao ar às 17h30, substituindo as reprises do Passa ou Repassa. No entanto, o programa afundou o novo horário e acabou saindo do ar sem prévio aviso, sendo substituído por Chaves.
Curiosamente, anos depois, Silvio Santos voltou a encasquetar em montar um programa de fofocas. De olho no êxito do A Hora da Venenosa, da Record, o dono do SBT lançou o Fofocando - atual Fofocalizando.
André Santana
09/11/2023
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